Que eu não me acostume a não escrever
e que cada dia sem produzir palavras
seja guardado para um momento de inspiração.
Que cada silêncio da alma seja produzir afônico
de falsos - mas igualmente belos - testemunhos.
Que cada dia sem escrever
seja uma eternidade lacerante.
Que meu poema seja meu,
mas sem deixar de ser de quem o leu:
poemas são duetos.
Que, quando findar o que sou
- ou que acho que sou -,
restem apenas o pó,
o sopro e o coração
no qual minhas veias
derramaram versos.
Raul Albuquerque
15/05/2013
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