escrever
é tentar a eternidade
como o corpo -mão e olhos -
volta ao pó e pelo vento vai,
o Poeta tenta se deixar
em linguagem
letra a letra
o Poeta tenta dar fonemas
à mudez surda das almas apressadas
o Poeta
- alma impunível -
tentar eternizar
as vidas não ternas
na gravidade dos dias,
o Poeta põe os ternos dos velhos
- juízes, cantores e engraxates -
e tenta eternizar-se de passado
Raul Albuquerque
Bem-Vindo ao Estação 018!
sexta-feira, 4 de julho de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
tua dança
todo o teu andar é dança:
mãos dadas ao crepúsculo;
um bunker de esperança;
guerra e paz num opúsculo.
estivemos de costas para o mar,
porque o sol tem descido
sobre os prédios da cidade
e o rio é da nossa idade
com seu rosto envelhecido
de tanto querer (a)mar.
Raul Albuquerque
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