Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Imagem Letrada #1

Devaneio #1


"Só perca algo, se você tiver a certeza de que pode recuperá-lo" C.P.

Releitura de Profissão de Fé...

Fiz este poema durante uma aula e, como não consigo não prestar atenção à aula, acho que ele não ficou tão bom quanto poderia ficar... Releitura de Profissão de Fé... Porque existe um poema de Bilac com este nome, Profissão de Fé, em que ele descreve o trabalho do poeta... Eu não concordo e refaço (soberbo, não é?):

Às vezes, eu me pergunto:
“Por que ainda escrevo poemas?”
Esqueço-me que apenas junto
O que é óbvio com meus dilemas.

Não escrevo para me iludir,
Muito menos pra te esclarecer.
Talvez escreva para não desistir
Da vida ou do que me faz viver.

Não quero poemas dos mais vendidos,
Apenas que eles mudem vidas,
E, mesmo sendo pouco lidos,
Que eles poetizem despedidas.

Coloco o nome só por um motivo,
O de dizer que fui usado como canal,
O de dizer que sou apenas um cativo
Desta arte fria, seca e fatal.

Raul Cézar de Albuquerque
18/10/2011

Sinceramente...


Sinto que este poema ficou um pouco estranho... tentei dizer algo e não consegui chegar ao ponto-chave, mas o fim ficou legal... Sinceramente:

Sinceramente, eu não sei o porquê,
Mas percebo algo estranho
Nas regras que são criadas para viver,
Pois não trazem nenhum ganho.

Regras cheias de infantilidade
Para solucionar questões adultas.
Leis fora da realidade
Para auxiliar vidas maduras.

Regras que dificultam a felicidade.
Regras para se parecer feliz,
Para se acreditar em falsas verdades
Ou só pra justificar o que se diz.

Parece que não queremos,
Nem por um momento,
Ser felizes, mas sabemos
Que precisamos deste alento.

Isso! A felicidade é um alento!
Mas não o literal, é o alento da alma!
É o nosso respirar, é o alimento
Sem o qual não há calma.

Pois, enquanto não formos felizes,
Sempre haverá uma insatisfação.
Mesmo que venham auges e crises,
Persistirá esta inquietação.

Felicidade já é algo tão difícil de ver,
Às vezes ela não ocorre por um triz.
Então por que criar regras pra parecer,
Se você pode ser plenamente feliz?

Raul Cézar de Albuquerque
17/10/2011

Triste fim de um herege...

O poema que vem a seguir é mais um em parceria com meu amigo, e agora companheiro de escrita, que escreveu o poema Fantasia, Alan Djayce. A base é inusitada, a ideia é bem atormentadora, mas a genialidade deste meu amigo vai se tornando indescritivel a cada poema publicado. Ele é um ótimo desenhista, mas é bom saber que é não é bom só em desenhar... Logo, entendam o que digo:

Sua heresia paralisará seus pés,
Pois a morte vem com seu manto,
Um tiro e um cadáver no convés,
Para cobrir toda alegria com pranto.

Sua heresia paralisará suas mãos.
Tudo culpa daquele maldito criado!
Você deveria ter sido um bom capitão,
Agora lhe resta ser mais um finado.

Sua heresia paralisará sua visão,
Concretizando o que sempre aconteceu,
Pois tua cegueira de vida sem emoção,
Agora, todo o teu corpo acometeu.

Sua heresia paralisará sua mente,
Reduzindo-te a uma débil criança.
E serás conhecido para sempre
Como aquele que morreu sem esperança.

Sua heresia paralisará seu coração.
Sua heresia paralisou sua vida.
Pois, depois dessa imagem de durão,
Ninguém veio chorar sua despedida.

Alan Djayce Santos Guimarães
(Base, Ideia e Conceito)
&
Raul Cézar de Albuquerque
(Continuação, Estética e Finalização)

18/10/2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Crítica do Livro "A cidade e os cachorros"



Quando saiu o nome do Nobel de Literatura de 2010, eu decidi ver quem era este tal Mário Vargas Llosa. Li exaustivamente sobre sua obra e decidi comprar o livro que foi ressaltado em tudo que falava sobre como sua primeira magnum opus que se chama “A cidade e os cachorros”. Procurei muito até achar e o livro ainda possuía um preço um tanto quanto alto. Indico a edição que comprei que é a da Editora Alfaguara com arte de capa e revisão perfeitas. Demorei mais que o normal para lê-lo. A minha crítica vem a seguir:

O Nobel de Literatura de 2010 foi bem oferecido como poucos na história da premiação. O peruano Mario Vargas Llosa é realmente um gênio da narrativa, da imaginação e da eterna arte de contar histórias.
Creio que o prêmio foi dado não pela história contada, mas pelo modo de contar tal história. A narrativa é inteligente e o fato de haver duas histórias se entrelaçando com narradores diferentes mostra toda a genialidade deste escritor latino-americano.
A história se passa no Colégio Militar Leôncio Prado: um lugar de aparente controle e de profunda hostilidade.
“Os colegas estavam alegres com a perspectiva de férias; ele, por sua vez, sentia medo. O colégio constituía seu único refúgio.” (Pg. 195)

A narrativa foca vida dos novatos que recebem o pejorativo apelido de “cachorros”.
Os principais personagens do romance são Alberto, um escritor de contos eróticos e romancinhos que era conhecido como “o poeta”, Jaguar, um líder nato, grosso e truculento, Ricardo Arana, um negro que sofre profundo e constante preconceito e é chamado de “Escravo”. Eles eram membros do Círculo, um grupo de novatos que se juntam para defenderem-se dos veteranos.
A história começa densa, escura, triste e, em certos pontos, indesejável. Mas, eis que nasce um romance que acaba por dar novos ares, mesmo que este nasça sob condições desfavoráveis e a partir de atos reprováveis.
“Agarrei-o pela camisa e disse: ‘Se você chegar perto da Teresa outra vez, a surra vai ser pior.’ [...] Ele me disse: ‘Você está apaixonado até a alma. [...] O amor é a pior coisa que existe. Você anda feito um idiota e deixa de cuidar da vida. As coisas mudam de significado e você é capaz de fazer as maiores loucuras e de se ferrar sempre num segundo’”. (Pg. 276)

Ocorre uma morte no ambiente do Colégio Militar e as coisas saem do aparente controle, ou melhor, de nada se tem certeza. Alberto se mete na morte e acaba levando colegas e superiores.
“E, de fato, o relatório entregue pelo tenente Gamboa mostra que o assunto justifica a intervenção, não apenas dos oficiais como também do Ministério da Justiça. Pelo que pude ver, você acusa um colega de assassinato” (Pg. 303)

O vai-e-vem das histórias traz uma sensação da vida como um ciclo. Ao fim da história principal, a adjacente revela o início de toda aquela saga. Tudo com um tom de fina e bela ironia.
“Sabe de uma coisa, rapaz? Queremos que você seja um homem de bem. Vou matricular você no Colégio Militar.” (Pg. 324)

O livro é maravilhoso, mas não é gostoso de ler. Ouvi um comentário bem resumitivo: “Llosa é muito porão”. Mesmo com a sobriedade e sombra das histórias de Llosa, não tenho medo de dizer que ele é um dos maiores gênios de nosso tempo. E o livro segue esta mesma linha de “quase intragável, mas genial”.

Pré-modernismo Brasileiro...

Os Retirantes, Cândido Portinari


Tempo de Vigência: 1902-1922


Nome: Porque é apenas um período de transição entre o fim do academicismo e a consolidação do modernismo, que ocorre na Semana de Arte Moderna de 1922 de São Paulo.

Início no Brasil: Em 1902, publicação de “Canaã” de Graça Aranha e “Os sertões” de Euclides da Cunha.

Contexto Político-Social: O Brasil acostumava-se com a ideia de república, esta dominada pelos militares passando a tomar os rumos da política do café-com-leite. Socialmente, os negros eram marginalizados, os imigrantes tomavam as cidades e as lavouras e ocorriam guerras (como a de Canudos) e revoltas (como a da Chibata).

Principais Escritores:

Lima Barreto: Negro e pobre, ele escreveu sobre e para as camadas populares, usando vocabulário simples, fina ironia e desleixo com relação à estética da prosa. Suas principais obras são “Recordações do escrivão Isaías Caminha” (1909) e “Triste fim de Policarpo Quaresma” (1915).

Euclides da Cunha: Jornalista, ele escreveu com rigor linguístico e vocabulário rebuscado, barroco e, por vezes, muito pomposo. Escreveu sob uma ótica determinista e cientificista com tons positivistas. Sua principal obra é “Os sertões” (1902).

Monteiro Lobato: Formado em Direito, Lobato trouxe o caipira para a literatura (mesmo que caricaturado) e revolucionou de forma notória a literatura infanto-juvenil no Brasil, tudo isso com linguagem acessível e tonalidades cômicas. Suas principais obras são “Urupês” (1918) e toda a série de livros acerca do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Augusto dos Anjos: Culto e bem-instruído, trouxe à poesia temas como a morte e a doença, além de termos extremamente científicos, mas sem esquecer o rigor parnasiano. Sua principal obra é “Eu” (1912).

O ABC da Mitologia Grega...

Titãs: Filhos da Terra e do Céu, surgidos do Caos. Eram os do sexo masculino: Kronos (Saturno), Hipérion, Oceano, Iapeto (Jafete) e Ófion. Eram as do sexo feminino: Ops (Réia), Têmis, Mnemósine e Eurínome.


Deuses:

 Zeus (Júpiter): Pai dos deuses e dos homens, embora seja filho de Kronos e Ops. Acabou por destronar seus pais e expulsar os titãs do Olimpo, concentrando todo o poder em si. Sua arma era o raio e seu escudo chamava-se égide, sua ave favorita era a águia.

 Posêidon (Netuno): Irmão de Zeus que recebeu dele o domínio sobre as águas.

 Dis (Plutão): Irmão de Zeus que recebeu dele o governo sobre o mundo dos mortos.

 Deméter (Ceres): Deusa da agricultura, Irmã de Zeus.

 Perséfone (Prosérpina): Filha de Deméter, casou-se com Dis e tornou-se Deusa do reino dos Mortos.

 Hera (Juno): Esposa de Zeus, por conseguinte, Rainha dos deuses e dos homens, tendo por ave predileta o pavão. Íris, a deusa do arco-íris, era mensageira e servente de Hera.

 Hefesto (Vulcano): Filho de Zeus com Hera, era o artista do Olimpo. Nasceu coxo e feio, e, por isso, Hera o jogou do céu e ele caiu na Ilha de Lenos.

 Ares (Marte): Filho de Zeus com Hera, tornou-se o Deus da Guerra.

 Apolo (Febo): Filho de Zeus com Latona, ele era o deus do arco e flecha, da música e da profecia. Considerado Deus-sol, ele recebeu tal poder do Titã Hipérion.

 Ártemis (Diana): Irmã de Apolo, por isso era chamada de Deusa da Lua. Mas, originalmente, considerada Deusa da Caça.

 Afrodite (Vênus): Deusa do Amor e da Beleza. Nascida da espuma do mar, ela foi levada por zéfiro até a ilha de Chipre, lá foi recebida pelas Estações que a levaram ao Olimpo. Zeus entregou-a para Hefesto, em gratidão à confecção de seus raios (A mais bela com o mais feio dos deuses). Pombos, cisnes e rosas lhe eram prediletos.

 Eros (Cupido): Deus do Amor, companheiro constante e Filho de Afrodite. Armado com seu arco, o cupido lançava suas flechas de desejo. Tinha um irmão chamado Antero, sobre o qual pouco se sabe, apenas que representava o amor recíproco.

 Palas (Minerva): Deusa da Sabedoria, saiu da cabeça de Zeus completamente armada. A coruja era sua ave predileta e a oliveira, sua planta preferida.

 Hermes (Mercúrio): Deus do comércio e de todos os exercícios físicos, também mensageiro do Olimpo, ele era filho de Zeus com Maia. Possuía um caduceu e seus sapatos e seu chapéu tinham asas.

 Dioniso (Baco): Deus do vinho, dos prazeres e, paradoxalmente, das regras sociais. Filho de Zeus e Sêmele, também é considerado promotor da civilização amante da paz.

Nêmese: Deusa da Vingança
Pã: Deus dos Rebanhos e Pastagens
Momo: Deus da Alegria
Pluto: Deus da Riqueza


Musas: Eram as nove filhas de Zeus com sua tia Mnemósine. Tinham em comum o domínio sobre as artes e as ciências.

 Calíope: Musa da poesia épica.
 Clio: Musa da História.
 Euterpe: Musa da poesia lírica
 Melpômene: Musa da tragédia
 Terpsícore: Musa da dança e do canto
 Érato: Musa da poesia erótica
 Polínia: Musa da poesia sacra
 Urânia: Musa da Astronomia
 Talia: Musa da comédia

Graças: Eram três, representavam as diversões, os prazeres e as belas-artes: Eufrosina, Aglaé e Talia.

Parcas: Eram três, todas filhas de Têmis (Titã da Justiça), elas estavam encarregadas de tecer o fio humano e cortá-lo quando necessário, chamavam-se: Cloto,Láquesis e Átropos.

Erínias: Também chamadas de Fúrias ou Eumênides, eram três e deveriam punir com tormentos inimagináveis os crimes que escapassem da justiça humana. Tinham cobras em lugar de cabelos, o que lhes dava aspecto amedrontador, eram elas: Alecto, Tisífone e Megera.

Sátiros: Deuses dos bosques e dos campos, tinham cabelos lisos, pequenos chifres e pés de cabra. Tidos como netos de Kronos, pouco se sabe sobre sua origem.

Simbolismo Brasileiro...


 Tempo de Vigência: Final do Século XIX


 Nome: Por causa do uso de símbolos e alegorias para sugerir um objeto.

 Início do Movimento: Em 1857, publicação de “Flores do mal” de Charles Baudelaire.

 Expoentes do Movimento: Charles Baudelaire, Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine e Arthur Rimbaud.

 Início do Movimento no Brasil: Em 1893, lançamento de “Missal” de Cruz e Souza.

 Expoentes do Movimento no Brasil: Cruz e Souza, Alphonsus de Guimaraens e Pedro Kilkerry.

 Características do Movimento:

Subjetivismo
Musicalidade
Linguagem Conotativa
Hermetismo
Misticismo
Abstração
Pessimismo
Preocupação Formal
Loucura
Visão Espiritual da Mulher
Figuras de Linguagem como Sinestesia e Aliteração


 Citações sobre o Movimento:

“Nomear um objeto é suprimir três quartos do prazer do poema, que é feito da felicidade em adivinhar pouco a pouco; sugeri-lo, eis o sonho... deve haver sempre enigma em poesia, e é objeto da poesia evocar os objetos” Mallarmé

“[Em poesia] A música antes de qualquer coisa.” Verlaine

“Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
                                                  Cruz e Souza

Parnasianismo Brasileiro...

Monte Parnaso, Grécia.

Tempo de vigência: Segunda metade do século XIX


• Nome: Por causa do Monte Parnaso, monte grego onde, segundo a mitologia grega, estavam Apolo e as nove musas.

Início do Movimento: Em 1866, publicação da antologia poética “Parnaso Contemporâneo” na França.

Grandes Nomes do Movimento: Charles Baudelaire e Theodore de Banville.

Início do Movimento no Brasil: Em 1882, publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias.

Grandes Nomes do Movimento no Brasil: Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto Oliveira.

Características do Movimento:
Vocabulário Culto e Rebuscado
Gosto pelas formas fixas
Rimas ricas, raras e preciosas
Descritivismo
Perfeição formal
Objetivismo
Racionalismo
Universalismo
Volta à tradição clássica e à mitologia grega
Esteticismo
Impessoalidade
Visão Carnal da Mulher
Busca pela palavra certa
Uso de figuras como o hipérbato e de recursos como o enjambement
Finalização com Chave de Ouro

Gregos tão poéticos...



Eu estava lendo sobre os gregos,
Sobre a Grécia antiga e sua mitologia,
E logo entendi o grande segredo,
O que os enchia de genialidade e poesia.

Eles acreditavam que tudo foi criado,
Quando Eros nasceu da Noite,
Sendo em meio ao Caos lançado,
Vivificando tudo o que criou-se.
Com suas flechas, Eros, então,
Trouxe vida e alegria a tudo,
Com sua tocha levou animação,
E, assim, iniciou-se o mundo.

Quanta beleza numa narrativa!
Nada mais poético que o Amor,
Não o amor ausente da vida,
Não este amor que rima com dor.

O verdadeiro amor, Eros como Amor,
Não aquele amor shakespeariano,
Aquele amor trágico e sofredor,
Mas o amor caótico, louco... insano.

Os gregos entenderam o valor
De algo além dos bons ou dos maus.
O valor inefável de um amor
Que nasce mergulhado no caos.

Raul Cézar de Albuquerque
11/10/2011

Lingua Morta, o Latim!?

ADMG ou AMDG...


A expressão original é “Ad maiorem Dei gloriem pietas vicit” que quer dizer “Para maior glória de Deus, a piedade vence” e é do Papa Gregório I. A frase acabou sendo reduzida a primeira parte e sendo abreviada, pois a própria Companhia de Jesus utilizou a sigla AMDG como lema de sua ordem, incentivada por Ignácio de Loyola. A expressão tornou-se bem-quista no meio católico chegando a ser utilizada muitas vezes como epígrafe pelo compositor barroco Johann Sebastian Bach, mas na forma de ADMG.



Alter ego

A expressão latina remonta ao século IV e quer dizer “outro eu” ou “segundo eu”. Embora hoje signifique outra personalidade na mesma pessoa ou uma alegoria psíquica, originalmente a expressão fala sobre amizade. Zenon, o Jovem, fundador do estoicismo, cita “alter ego” como um verdadeiro e próximo amigo, ele diz: “Verus amicus est tamquam alter ego” ou seja “Um verdadeiro amigo é como outro eu”.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ecdise...

Estava estudo para a Prova de Biologia e vi uma palavra que achei legal: Ecdise! Experimente dizer esta palavra e você entenderá o que estou dizendo. Melhor que o som é o significado: ecdise é o processo que ocorre quando o crustáceo já não cabe mais numa concha e vai procurar outra... muito poético. Vejam o que escrevi e comentem:

Tudo o que me aconteceu até agora

Foi útil, mas quero algo diferente pra mim!
Sempre quis mudar e chegou a hora!
Não aceito a ideia de permanecer assim.

Depois do que li,
Depois do que vi,
Depois do que ouvi,
E, depois do que vivi...

Seria uma blasfêmia ao que valorizo
Continuar sem mudar meus conceitos,
Continuar calado, contrito e conciso,
Continuar com meus inúteis preconceitos.

A vidinha de sempre não me é confortável.
Sinceramente? Ela nunca tinha sido.
O normal, o previsível, tudo é insuportável,
O comum para mim tornou-se descabido.

Descabido no sentido literal da palavra:
Eu já não cabia no cubículo da mediocridade.
Eu decidi por uma nova caminhada,
Um caminho que me levasse a algo de verdade.

Vai ser uma mudança perigosa,
Mas vou me guiar sempre pelo que já li.
Já sei que a verdade é dolorosa,
Mas quero inventar verdades aqui ou ali.

Agora, eu necessito sair daqui,
Eu preciso sair de onde nunca saí,
Deixando tudo o que é meu por aqui,
E (re)encontrando um novo tudo por aí.

Raul Cézar de Albuquerque
04/09/2011

Preciso da vossa ajuda (2)...

Novamente, preciso do voto de todos os que gostam da minha poesia e do meu lirismo. Dois poemas meus foram selecionados: Pseudo-Liberdade e Medo da Morte. Este último a pedido de um amigo.
O fato é que preciso de votos e peço-os a vocês.
O site é http://autoresdobrasil.blogspot.com/

Agradecidíssimo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Viva a Poesia!

Há mais de 50 anos, nenhum livro de poemas entra no hall dos mais vendidos...

A última vez foi quando chegou ao Brasil o livro do gênio de todas gerações, T.S. Eliot, com sua poesia hermética e intrínseca acabou conquistando os brasileiros que acabaram os estoques deste livro em menos de um mês...

Mas... o que aconteceu com o Brasil? O país de Gonçalves Dias, Bilac, Castro Alves, Cruz e Souza, Augusto dos Anjos e tantos outros, hoje, não lê poesia? Por quê?

Num próximo post, trarei sem falta algumas explicações para tal desencanto em pleno século XXI!