Bateu uma vontade de escrever
um soneto para ver se na métrica
acalma-se minha febre colérica
de, de repente, querer te rever.
Se fossem livres os versos, loucura.
Se não te conhecesse, calmaria.
Se não te conhecesse, morreria
longe do ácido sabor da candura.
Eu nada disse. Perdi dois quartetos.
Eu devo arrumar rápido os sentidos,
caso contrário, eu perco o soneto.
Mas acho que perdê-lo-ei assim:
esses meus sentimentos tão vividos
merecem um soneto sem fim.
Raul Cézar de Albuquerque
11/03/2013
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