Tenho pensado muito em escrever sobre o que leio. Trazendo ao meu estilo, claro! Foi o que aconteceu quando eu li um conto de Conan Doyle e decidir descrever uma análise um pouco mais sentimental do que Sherlock Holmes faz com tanta frieza. Logo, me veio a "Poesia de Sherlock"...
Pela surpresa das pessoas quando
ela chegou,
Percebi que ela não tinha hora
marcada.
E pela maneira seca e sóbria que
ela me olhou,
Percebi que ela estava
mal-humorada.
Por aquelas mãos parecendo
amassadas
E o olhar caído que nada fixava por
muito tempo,
Penso que ela nasceu há décadas
passadas
E que já compreende coisas que
ainda não entendo.
Pelas joias que ela não estava
usando
E pela elegância das roupas que
vestia tão simplesmente,
Pude perceber que ela estava
tentando
Esconder a riqueza que possuía de
toda aquela gente.
Pela mão limpa e sem nenhum anel,
Pude crer que nenhum homem lhe
tivesse aceitado,
Ou o homem que aceitou já estava no
céu,
Ou no inferno, não posso dizer de
modo confirmado.
Pelos vincos próximos à boca tão
discretos,
Posso dizer que ela já tinha sido
feliz.
E, digo que ela já chorou em
momentos secretos,
Eu vi seus olhos, creia no que aqui
se diz.
Ela parecia que tinha saudades da
beleza.
Ela parecia sentir falta da vida de
verdade.
Para falar a verdade, de nada posso
ter certeza.
Eu só constato algumas
possibilidades.
O que faço só me cobra inteligência
e destreza.
Eu só considero e analiso as probabilidades.
Talvez a pressa a tivesse feito esquecer a aliança.
Talvez não estivesse mal-humorada, só pensativa.
Talvez ela não tivesse saudades da época de criança.
Tudo é incerto. Não sei nem se ela queria continuar viva.
Talvez a pressa a tivesse feito esquecer a aliança.
Talvez não estivesse mal-humorada, só pensativa.
Talvez ela não tivesse saudades da época de criança.
Tudo é incerto. Não sei nem se ela queria continuar viva.
Raul Cézar de Albuquerque
31/12/2011
Parabéns, achei bem interessante. Como grande apreciadora de Sherlock eu aprovo!
ResponderExcluirmuito bom !!! parabéns !!!!!!!!
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