Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Daqui a um ano e meio...


Daqui a um ano e meio,
Eu vou melhorar,
Vou esquecer os receios,
Eu vou me mudar.

Daqui a um ano e meio,
Vou entrar na faculdade,
Vou alcançar meus anseios,
Vou dormir bem mais tarde.

Daqui a um ano e meio,
Eu vou ser bem mais feliz,
Vou atrás do que não veio,
Vou ter o que sempre quis.

Daqui a um ano e meio,
Eu vou ter novos amigos,
E, até onde eu creio,
Não vou esquecer os antigos.

Daqui a um ano e meio,
Minhas lágrimas se enxugarão,
E as coisas que eu odeio
Certamente se extinguirão.

Daqui a um ano e meio,
Passar-se-ão muitos dias,
E provavelmente estarei cheio
De tristezas e de alegrias.

Raul Cézar de Albuquerque
19/04/2011

Milho de Pipoca...

A transformação do milho duro em pipoca macia é uma bela analogia ao que devemos passar ao longo da nossa vida.
O milho de pipoca existe para tornar-se o que é após o estouro. Nós somos o milho de pipoca: Duros e impróprios para o consumo.
O poder do fogo é o único capaz de modificar o milho de pipoca. Só o fogo traz grandes transformações. Quem não passa pelo fogo não muda.
Mas o fogo sempre vem e traz uma situação anormal, algo que nos angustia. Sendo de dentro – pânico, medo, ansiedade e depressão – ou de fora – perdas, mortes, decepções.
Quando o calor fica insuportável, pensamos que vamos morrer, mas a transformação vem quando menos esperamos. O fogo acaba por fazer a mudança: PUF! – A situação incômoda faz sentido e a transformação vem como um alívio.
Mas sempre há os “piruás”, os milhos de pipoca que não mudam por causa do medo ou da prepotência... Coitadas... Nunca se tornarão as flores brancas e macias aptas ao consumo... Seu destino é o lixo.

Nem sempre o que parece é!

Texto Bíblico: Êxodo 32.1-6

"Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao SENHOR. E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar"

O que aprendemos com o texto:

I) Nem sempre o nosso tempo é o tempo de Deus: O povo hebreu não esperou o agir de Deus. Você tem esperado o tempo e a resposta de Deus? Quando as escolhas se põem a nossa frente, é importante esperar o aval do Senhor. Caso contrário, estaremos seguindo o caminho sem Ele, estaremos assumindo os riscos por nós mesmos, sem a ajuda do nosso Advogado.

II) Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus: O povo pressionou Arão para que ele criasse um bezerro de ouro. Você tem ouvido ao Senhor ou o povo? Que opinião tem designado suas ações? A palavra de seus amigos têm se sobreposto à Palavra do Senhor? Quando as escolhas se põem a nossa frente, é importante ouvir a voz do Senhor. Caso contrário, estaremos sendo imprudentes, irresponsáveis e sentindo-se auto-suficientes.

III) Nem sempre o que parece ser “de Deus” realmente o é: O bezerro parecia ser “Deus”, mas não era. Como você tem diferenciado as coisas divinas das profanas? Você tem sido irreverente com o que realmente é “de Deus”? Quando as escolhas se põem a nossa frente, é importante saber se aquilo é do Senhor. Caso contrário, estaremos correndo risco de reverenciar algo profano e desvalorizar algo divino.

IV) Nem sempre a alegria é resultado das bênçãos: Ao fim da fabricação do bezerro, o povo se alegrou e fez uma grande festa... Aquela alegria parecia ser uma confirmação à satisfação do Senhor em ver aquilo, mas não era. Você tem julgado o resultado das coisas pela alegria sentida? A sua alegria tem sido baseada no Senhor? Quando as escolhas se põem a nossa frente e escolhemos alguma opção, é importante saber a alegria sentida é uma resposta do Senhor. Caso contrário, estaremos correndo risco de satisfazermo-nos com algo errado.

Agente de Transformação...

“Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.” II Tm 2.11


Muitas vezes queremos mudar as coisas que costumamos considerar erradas... mas não prestamos a devida atenção aos nossos erros. Queremos transformar as coisas para melhor, mas esquecemo-nos de nos transformar. O texto acima indica a importância da santidade, ou melhor, a importância da transformação.

Deus lhe ajudará até onde ele achar viável, mas se você não fizer sua parte nada será transformado.

Lembre-se:
Só os santos são capazes de santificar; Só transformados são capazes de transformar.

A Importância do Perdão...

Um menino chamado Lucas entra em casa, depois da escola, batendo a porta com força. Seu pai estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, vê o ato do menino e o chama para conversar.

Lucas tinha oito anos de idade e acompanhava o pai desconfiadamente, mas antes que o pai dissesse alguma coisa, o menino fala:
- Pai, estou com muita raiva. O Zeca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
O pai do menino que era um homem muito simples demonstrou ser muito sábio e continuou a ouvir o menino reclamar:
- O Zeca me humilhou na frente de todo mundo. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escutou tudo calado até chegar num abrigo onde havia um saco cheio de carvão. O pai mostrou o saco de carvão aberto e falou:
- Lucas, faça de conta que aquela camisa branca no varal é o Zeca e jogue pedaços de carvão contra a camisa como se fossem seus maus pensamentos. E jogue todos os pedaços, pois depois voltarei.
Lucas achou a brincadeira muito legal e cumpriu a ordem do pai com afinco. Ao final da atividade, chamou o pai que indagou:
- Filho, como você está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas estou alegre, pois acertei muitos pedaços de carvão na camisa!
- Entre em casa, vou lhe mostrar uma coisa...
Os dois entraram na casa e o pai colocou Lucas em frente ao espelho e disse:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou, mas olhe como você está sujo!
O mal que desejamos aos outros acaba ocorrendo a nós. Por mais que possamos atrapalhar a vida dos outros, a maldade sempre nos afetará.

CUIDADO!
Seus pensamentos se tornam palavras; Suas palavras se tornam ações; Suas ações se tornam hábitos; Seus hábitos moldam seu caráter; Seu caráter determina seu futuro...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ainda há muros...

No dia 09 de novembro de 1889, caiu o muro de Berlim. Esse fato é lembrado até hoje como um fato único. Alguns historiadores indicam que a Idade Contemporânea acabou ali, estamos numa nova fase. Mas... Será que acabou? Não, ainda há muros.


Os muros não falam, os muros gritam! Eles dividem etnias, religiões, povos, classes sociais, economias e ideologias.

Ainda há um muro entre o rico país dos Estados Unidos e o pobre México. Ele existe desde 2006, quando foi sancionada – pelo presidente George W. Bush – uma lei que ordenava a construção de uma barreira física entre os dois países. O muro deve ter 1.100 km e custar algo em torno de US$ 6 bilhões. A ONU, os ecologistas, os cientistas políticos, todos foram contra, mas o projeto foi posto em prática. A pressão está sobre – o Nobel da Paz – Barack Obama para parar as obras e destruir o que já foi feito.

Ainda há um muro entre a Espanha e o Marrocos ou, pra falar a verdade, entre a rica e cristã Europa e a pobre e islâmica África. A construção começou em 2000 nas cidades de Ceuta e Melilla, cidades espanholas cravadas no norte do continente africano, que são a entrada africana ao Estreito de Gibraltar – 16 km que separam a Europa da África. A posição da Espanha faz com que ela seja o destino de 25% de todos os imigrantes ilegais que vão à Europa. O muro começou tímido em Ceuta, mas hoje tem oito metros de altura, 11 km de vala contínua, conta com satélites próprios, iluminação reforçada e armadilhas na barreira... Dando gastos de dezenas de milhões de euros para o governo espanhol.

Ainda há um muro entre Israel e Cisjordânia, entre judeus e árabes, entre ricos e pobres. Depois de muitos problemas e muitas discussões sem resultado entre judeus e árabes, a ideia de construir um muro seduziu o governo israelense. Em 2002, o muro começou a ser construído, a barreira deve ter 721 km de comprimento, em 2004, foi declarado ilegal pelo Tribunal Internacional de Justiça, mas o governo de Israel continuou construindo o muro.

Ainda há um muro contaminado pelo mau cheiro da Guerra Fria que divide a Coreia do Sul da Coreia do Norte, os capitalistas dos socialistas. As conferências de Yalta e Potsdam indicaram que o paralelo 38° seria o divisor das duas nações, mas nenhuma conferência conseguiu estabelecer a paz nessa região. O muro divide dois mundos diferentes: o norte é pobre, comunista, subdesenvolvido, ditatorial e fechado, já o sul é rico, capitalista, desenvolvido, liberal e economicamente aberto.

AINDA HÁ MUROS!

Paganização do Cristianismo...

Depois de muita perseguição, o Imperador Constantino se converteu e a situação mudou para a Igreja, ela passou a influenciar todas as ações do Império. Ela mudou muitas coisas:


1. Restauração dos templos cristãos: Os templos destruídos e queimados nos governos dos outros imperadores.
2. Os obreiros e pastores cristãos foram isentos dos impostos.
3. O domingo (primeiro dia da semana) foi declarado dia de descanso e adoração por Constantino.
4. A crucificação foi abolida no Império Romano.
5. O infanticídio foi proibido no Império: Antes era comum que os pais matassem os filhos que não fossem do seu agrado, tais crianças eram recolhidas por outras pessoas que as criavam e depois as vendiam como escravas.
6. A escravidão foi sendo extinta gradativamente: Se todos eram iguais, por que terem direitos diferentes?

Ficou fácil ser cristão... Logo, as pessoas queriam ir às igrejas, mas não se convertiam... E não deu certo, a Igreja tornou-se uma máquina política...

A inserção de falsos cristãos na igreja trouxe efeitos desastrosos nos cultos e nas doutrinas cristãs... As igrejas passaram a ser ricamente ornamentadas e grandemente ricas, mas espiritualmente frias. Os cultos começaram a ser contaminados por hábitos pagãos...

1. Em 405 d.C, os ídolos do paganismo entraram nas igrejas... A Igreja Católica Apostólica Romana regularizou o uso de imagens de santos e mártires do passado para serem adorados.
2. A adoração a Maria foi instituída para substituir a adoração às deusas pagãs Vênus e Diana.
3. O pastor passou a ser chamado de “sacerdote” que era uma nomenclatura pagã e passou a ser considerado um mediador entre Deus e o povo, enquanto a Bíblia diz que ele é apenas um instrumento d’Ele para orientar seu povo... O único mediador entre Deus e os homens é Cristo (nem homens, nem santos, muitos menos imagens), todos nós temos livre acesso a Deus por Cristo Jesus.
4. O culto aos mortos, originalmente pagãos, foi regularizado pela Igreja na forma do Dia de Finados.
5. O Purgatório foi inventado para evitar falar do inferno nos cultos frios da Igreja Católica, além de estimular a compra de indulgências.
6. A falácia da virgindade eterna de Maria que não tem base bíblica.
7. A ridícula ideia da infalibilidade do Santo Padre.

E a Igreja Católica tanto sabia que estava ridiculamente errada que proibiu o acesso do povo à Bíblia. Ela tornou-se uma máquina política de opressão, no período em que ela governou fez atrocidades e criou a Inquisição que fez com que essa época se denominasse “Idade das Trevas”. Mas Deus nunca fica sem testemunhas...

Gustave Flaubert...


Gustave Flaubert
No dia 12 de dezembro de 1821, nascia mais um burguês na França pós-revolucionária, nascia Gustave Flaubert, – filho de um médico muito rico da cidade de Rouen. Esse burguês francês foi considerado o “açougueiro do Romantismo”, pois foi o iniciador do Realismo para alguns e um grande renovador deste movimento para outros que consideram Honoré de Balzac foi o verdadeiro fundador do movimento realista.


Flaubert é uma lenda com contradições incompreensíveis como ter uma vida totalmente burguesa – ele nunca trabalhou – e criticar a burguesia em suas obras. Ele se rebelou contra os conceitos burgueses quando tinha 18 anos – foi expulso da escola por mau comportamento –, mas nunca se rebelou contra a riqueza dos burgueses – visto que morreu sem saber o que era trabalho. Ele dizia: “Seja metódico e organizado em sua vida como um burguês, para poder ser violento e original em sua obra”.

Gustave viajava e escrevia por prazer, por isso publicava um livro a cada seis anos em busca da “palavra certa” (ou, em francês, “le seul mot juste”). Mas, de todas as suas obras, destaca-se a mais realista: Madame Bovary. A história dolorosa que pintou um retrato fiel da burguesia imperfeita e estratificada da França contando a saga de Emma Bovary, uma mulher casada que – ao ler obras do Romantismo – se inspirou a buscar o “amor”, buscando uma vida amorosa agitada e instigante, diferente da que ela vivia ao lado do seu marido médico que era totalmente dedicado a ela, mas era tedioso e metódico. Nessa busca, ela infringe muito conceitos morais da sociedade da época e acaba se suicidando, e Flaubert não demonstra opinião, deixando o julgamento para o leitor – provavelmente, por isso é que a burguesia da época se sentiu tão ultrajada.

Em 8 de maio de 1880, morreu o “burguesófobo burguês”, Gustave Flaubert morreu pobre, graças ao estilo de vida extravagante que adotou após a morte de sua mãe, mas deixou seu nome escrito na história da Literatura.

Insignificantes...

Achamos que escrevemos a história,
Os deterministas diriam o contrário,
Pois indo atrás de toda essa glória,
Os homens acabaram com o passado.

Mesmo com o avanço do saber
E com toda essa evolução
Ainda nada podemos fazer
Se houver um furacão.

O que é a tecnologia japonesa
E a toda sua precisão,
Perto da potência e da grandeza
De um terremoto no Japão?

Conhecendo o poder
Um adormecido vulcão,
Não podemos conter
Nem provocar uma erupção.

Achamo-nos os senhores da terra,
Achamo-nos muito interessantes,
Somos os criadores das guerras,
Mas somos simples e insignificantes...

A natureza se revolta e não há nada a fazer,
Só refletir depois sobre aquele momento,
Blaise Pascal estava certíssimo ao dizer
Que o nosso único mérito é o pensamento.

Raul Cézar de Albuquerque
22/03 – 08/04/2011

Quereres...

Eu queria esquecer os meus erros,
Eu queria tentar não refazê-los.
Eu queria apagar minhas tristezas,
Eu queria demolir minhas certezas.

Eu queria desconsiderar meus acertos,
Eu queria recomeçar tudo do começo.
Eu queria não chorar e ter muita paz,
Ou talvez, ser feliz e chorar ainda mais.

Eu queria esquecer meus versos,
Principalmente, os controversos.
Eu queria esquecer meus lamentos
Dos melhores e piores momentos.

Eu queria viver sem compromissos,
Mas sem nunca me parecer omisso.
Eu queria ser perfeito, eterno já não sei,
O tempo me deu os sorrisos que encontrei.

Eu queria não ser, eu queria inexistir,
E diante dessa vida, eu queria resistir.
Resistir às coisas que me disseram ser erradas,
Resistir às loucuras que me ocorrem nessa estrada.

Eu queria renegar minhas frases e palavras,
E, junto com meus versos, reduzi-los a nada.
Eu queria esquecer, deletar, apagar meus adeus,
Mas não posso fazê-lo, porque eles são meus.

Raul Cézar de Albuquerque
29/03/2011

O que é o amor?





Levantou-se na cidade
Um novo e geral clamor:
Todos contra amor se queixam
Ninguém sabe o que é o amor.


Dizem uns que ele é doçura
Outros dizem que ele é dor;
Não lhe acertam nome próprio,
Ninguém sabe o que é o amor.


Que importa que alguém presuma
Nestas coisas ser doutor,
e ele ignora como os outros?
Ninguém sabe o que é o amor.


Amor é uma ciência
Que não pode haver maior
Pois por mais que amor se estude,
Ninguém sabe o que é o amor.


Em mil formas aparece
O menino encantador;
Ainda assim não se conhece...
Ninguém sabe o que é o amor.


Ao valente faz covarde,
Ao covarde dá valor:
Como é isto não se sabe,
Ninguém sabe o que é o amor.


Choram uns o seu desprezo,
Outros cantam seu favor,
De amor choram, de amor cantam...
Ninguém sabe o que é o amor.


A uns faz gelar de susto,
Noutros causa um doce ardor;
Não se sabe a qualidade,
Ninguém sabe o que é o amor.


Amor tem um ser divino,
Não tem forma, corpo ou cor,
Sente-se, mas não se vê...
Ninguém sabe o que é o amor.




De Caldas Barbosa...

Goethe...


Nasceu em 28 de agosto de 1749, na cidade de Frankfurt, na Alemanha, Johann Wolfgang Von Goethe que foi um homem renascentista: era excelente em letras, artes, ciências, filosofia e política, além de exaltar o idioma nacional – foi um grande colaborador para a disseminação da cultura alemã usando a língua, a voz e a linguagem germânicas.


Permanece na posição incontestável de maior e melhor escritor alemão até hoje. Influenciou muitos estilos como o “Sturm und Drang” (Tempestade e Ímpeto), o classicismo de Weimar (Classicismo Alemão) e é um verdadeiro marco no Movimento Romântico.


Nasceu numa família rica, teve aulas particulares e foi – pelo desejo da família – fazer Direito na Universidade de Leipzig, mas preferiu comparecer às aulas de poesia para aperfeiçoar a escrita até escrever a primeira comédia “Os cúmplices”. Não concluiu o curso por problemas de saúde, voltando para Frankfurt e depois foi para Estraburgo para concluir o curso.


Foi em Estraburgo que conheceu o crítico Gottfried Herder que encorajou Goethe a levar a literatura como modo de vida. Goethe viajou pela Alemanha para conhecer o seu povo, saber como eles falam e o que falam para só assim começar a escrever sobre este povo na sua língua-mãe.


Voltou à Estraburgo e escreveu a peça “Götz Von Berlichingen” (1773) que contava a história de um cavaleiro no século XVI, sua publicação marcou a história da literatura, provocou um estouro na Europa da época, fez ressurgir os dramas baseados em Estados Nacionais e influenciou assim escritores como o escocês Walter Scott e os franceses Victor Hugo e Alexandre Dumas.


Ainda famoso, graças à sua última obra, Goethe escreve “O sofrimento do Jovem Werther” (1774) que fez mais sucesso que sua peça, regeu a juventude da época com a loucura, o amor e o suicídio do protagonista – os jovens vestiam azul e amarelo como Werther, tornou-se comum o suicídio de jovens e por isso alguns países proibiram a leitura deste livro. O livro é uma declaração dos princípios românticos com o amor de Werther (burguês) por Lotte (nobre).


Daí passou anos tralhando para a nobreza e sem produzir nada, até que conheceu o escritor Friedrich Schiller que o fez voltar a escrever. Ele escreveu outras obras, mas, dessa segunda fase de Goethe, o auge da sua produção foi “Fausto” (1808-1832), uma peça em duas partes que representa os limites humanos ultrapassados: Fausto vende a alma ao demônio para ter Margarete.


As obras de Goethe são atemporais e tem uma complexidade moral irreprodutível. Goethe é o melhor da literatura alemã.

Eu e meu eu...

Quando começo a pensar em mim
Percebo que não chego a consenso,
Sempre tenho perguntas sem fim
E acho que perdi o meu bom senso.

Na verdade, acho que o escondi
Para não usá-lo em certos momentos,
Para não me lembrar do que já fiz,
Para não controlar meus pensamentos.

Então eu me pergunto:
Criticar ou elogiar?
Superficial ou profundo?
Corrigir ou deixar pra lá?
Minha casa ou o mundo?
Dizer ou escutar?
Insistir ou mudar de assunto?
Excluir ou perdoar?

É um conjunto de dúvidas e quesitos
Que tenho dúvidas sobre se é só meu,
São incontáveis e difíceis conflitos
Que se estabelecem entre meu eu e eu.

Raul Cézar de Albuquerque
16/03/2011

Era Nuclear...

O que sabemos de radioatividade começou com uma química francesa chamada Marie Curie, ela começou a estudar as mudanças no núcleo dos átomos... Ela morreu aos 67 anos por causa da exposição à radiação.


Depois vieram os avanços científicos...

Einstein retoma os estudos radioativos, avança neles e descobre que é possível controlar a potência radioativa e direcioná-la. Vendo as atrocidades que o povo judeu sofria na mão dos alemães, Einstein temeu que algum cientista de Hitler descobrisse o que ele descobriu e usasse a tecnologia nuclear contra os judeus. Então mandou seus estudos para o governo americano (era a época do presidente Roosevelt)... Os EUA fizeram a bomba.

No dia 06 de agosto de 1945, os EUA usaram a tecnologia contra o Japão, a Bomba de Hiroshima foi lançada. Destruiu tudo num raio de 1,6 km. Morreram 70 mil graças à explosão e outros 70 mil graças à radiação da bomba.

A radiação ganhou utilidade segura e em favor dos civis, foi usada para gerar energia. Mas era perigoso... Em 26 de abril de 1986, o reator nuclear 4 de Chernobyl explode na Ucrânia. Não se emitiram alertas, somente após 36 horas da exposição à radiação o povo começou a ser avisado e as regiões começaram a ser evacuadas. Até hoje, a região é altamente radioativa.

E aqui estamos nós, no século XXI e ainda contamos com algo tão perigoso, está na hora do fim da era nuclear...

Lord Byron...

George Gordon Byron nasceu em 22 de janeiro de 1788 em Londres na Inglaterra. Sua imagem está intrinsecamente ligada à face do Romantismo do século XIX, chegando a personificá-la em alguns momentos... Ele influenciou muitas vertentes do Romantismo como o Romantismo brasileiro da segunda geração.


Sua obra e sua vida eram intensas e turbulentas, sua obra era satírica e desbocada, já sua vida era tão sem limites que sua ficha corrida era extensa e tinha itens como incesto e pederastia.

Byron estudou em Cambridge e, em 1805, publicou seu primeiro livro “Hours of Idleness” que foi mal recebida e ele atacou os críticos no segundo “English Bards and Scoth Reviewers”. Embarcou numa viagem por todo o Mediterrâneo, onde escreveu “Childe Harold’s Pilgrimage” e seus dois primeiros contos – publicados em 1812 - tiveram reconhecimento imediato. Depois veio “The Corsair” que vendeu 10 mil exemplares no primeiro dia.

Byron se enrolou com Lady Lamb e se casou com Anne Milbanke – simultaneamente – teve uma filha chamada Ada e depois se separou. A vida de Byron já era pública, isso influenciou sua obra e sua reputação, ele foi acusado de ter um caso com uma meia-irmã e de ter muitas dívidas, assim deixou a Inglaterra em 1816 para nunca mais voltar, ficou em Genebra por algum tempo onde conheceu muitos escritores como Percy e Mary Shelley, além de Claire Clairmont. Depois foi à Itália, onde começou a escrever o épico “Don Juan”. Logo após, foi pra Gênova onde ficou até 1823, assim saiu para lutar contra os turcos... E morreu de febre em 19 de abril de 1824, em Missolonghi na Grécia.

Coração Resignado...

A noite é fria, seguindo a frieza dos meus atos.
Assim como a noite, meu ser também é frio.
O céu se fechou, e eu também evitei contatos.
Pois eu estou morto, eu não choro nem rio.

Eu me perdi em meus códigos de conduta.
Certo e errado tornaram-se detalhes ínfimos.
As regras e os sentimentos estão em luta
E esses combates invadem meu íntimo.

Eu não sinto nada, eu vivo morrendo.
Fez-se noite densa em minha vida.
Faz frio, está escuro e corre o vento.
Acho que vem a minha despedida.

Minha frieza se mantém constante,
Minha alma permanece gelada,
Minhas escolhas me deixam distante,
Minha vida está contrita e calada.

Meus sonhos estão esquecidos,
E eu não vou dar atenção,
Vou aceitar os fatalismos,
Estou aderindo à resignação.

Raul Cézar de Albuquerque
08/04/2011