Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Gustave Flaubert...


Gustave Flaubert
No dia 12 de dezembro de 1821, nascia mais um burguês na França pós-revolucionária, nascia Gustave Flaubert, – filho de um médico muito rico da cidade de Rouen. Esse burguês francês foi considerado o “açougueiro do Romantismo”, pois foi o iniciador do Realismo para alguns e um grande renovador deste movimento para outros que consideram Honoré de Balzac foi o verdadeiro fundador do movimento realista.


Flaubert é uma lenda com contradições incompreensíveis como ter uma vida totalmente burguesa – ele nunca trabalhou – e criticar a burguesia em suas obras. Ele se rebelou contra os conceitos burgueses quando tinha 18 anos – foi expulso da escola por mau comportamento –, mas nunca se rebelou contra a riqueza dos burgueses – visto que morreu sem saber o que era trabalho. Ele dizia: “Seja metódico e organizado em sua vida como um burguês, para poder ser violento e original em sua obra”.

Gustave viajava e escrevia por prazer, por isso publicava um livro a cada seis anos em busca da “palavra certa” (ou, em francês, “le seul mot juste”). Mas, de todas as suas obras, destaca-se a mais realista: Madame Bovary. A história dolorosa que pintou um retrato fiel da burguesia imperfeita e estratificada da França contando a saga de Emma Bovary, uma mulher casada que – ao ler obras do Romantismo – se inspirou a buscar o “amor”, buscando uma vida amorosa agitada e instigante, diferente da que ela vivia ao lado do seu marido médico que era totalmente dedicado a ela, mas era tedioso e metódico. Nessa busca, ela infringe muito conceitos morais da sociedade da época e acaba se suicidando, e Flaubert não demonstra opinião, deixando o julgamento para o leitor – provavelmente, por isso é que a burguesia da época se sentiu tão ultrajada.

Em 8 de maio de 1880, morreu o “burguesófobo burguês”, Gustave Flaubert morreu pobre, graças ao estilo de vida extravagante que adotou após a morte de sua mãe, mas deixou seu nome escrito na história da Literatura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário