A noite é fria, seguindo a frieza dos meus atos.
Assim como a noite, meu ser também é frio.
O céu se fechou, e eu também evitei contatos.
Pois eu estou morto, eu não choro nem rio.
Eu me perdi em meus códigos de conduta.
Certo e errado tornaram-se detalhes ínfimos.
As regras e os sentimentos estão em luta
E esses combates invadem meu íntimo.
Eu não sinto nada, eu vivo morrendo.
Fez-se noite densa em minha vida.
Faz frio, está escuro e corre o vento.
Acho que vem a minha despedida.
Minha frieza se mantém constante,
Minha alma permanece gelada,
Minhas escolhas me deixam distante,
Minha vida está contrita e calada.
Meus sonhos estão esquecidos,
E eu não vou dar atenção,
Vou aceitar os fatalismos,
Estou aderindo à resignação.
Raul Cézar de Albuquerque
08/04/2011
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