Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

quarta-feira, 23 de março de 2011

Altruísmo...

“Amigo
Te digo
Do perigo
De andar comigo”

Meu amigo, se fosse por você, eu relevaria,
                                               [esqueceria]
Eu jogaria essa história num lago bem fundo,
                                                  [profundo]
Pois o que é um problema perto de nossa amizade?
                                                           [irmandade]
Amigo, eu correria quilômetros para ver-te;
                                                   [rever-te]
Amigo, eu não pouparia segredos inefáveis;
                                               [incontáveis]
Se fosse por você, eu, de repente, abdicaria...
                                                    [desistiria]
Mas, tenho que te dizer que há algo em mim
                                              [bom ou ruim]
Que me faz ver pelo meu ponto de vista
                                               [egoísta]
E sei que ele existe
[e persiste]...
[me deixando triste]...

Raul Cézar de Albuquerque
23/03/2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Inutilidades...

São coisas que não servem de nada,
São relacionamentos traumatizantes.
São mil frases descoordenadas,
São atos totalmente irrelevantes.

Argumento a quem chora,
Dinheiro a quem é muito louco,
Desdém a quem implora,
Amor a quem acha que é pouco.

Sono ao noctívago por prazer,
Religião pra quem se diz ateu,
Trabalho a quem não quer fazer,
Compaixão pra quem ama seu “eu”.

Inteligência ao acomodado,
Genialidade ao depressivo,
Sabedoria ao despreocupado,
Orgulho ao compassivo.

Livros ao que se sente satisfeito,
Música ao que esquece a audição,
Correção ao que se acha perfeito,
Ódio pra quem tem um coração.

São atos, sonhos e lamentos,
São sentimentos e mentalidades,
São eternidades e momentos,
São úteis inutilidades.

Raul Cézar de Albuquerque
09/03/2011

Nuremberg...

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, ficou um vazio com relação à punição dada aos malfeitores da guerra, os alemães. O então primeiro-ministro inglês, Winston Churchill, queria que os líderes políticos e militares alemães fossem linchados, sem direito a julgamento, pois não havia nenhuma legislação supranacional, o que daria início a uma disputa política explícita no julgamento dos alemães. Mas o então presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Roosevelt, que tinha acatado a ideia do governo inglês foi influenciado pela sua estrutura governamental a não mais aceitá-la. Os soviéticos insistiram num julgamento baseado em leis universais (que não existiam até então). Até que os ingleses aceitaram – relutantemente – a criação de um Tribunal Militar Internacional para julgar líderes alemães.


Mas onde? Teria que ser um território neutro! A Inglaterra indicou Munique, a URSS indicou Berlim, mas os reis do mundo (EUA) indicaram Nuremberg e ninguém foi louco de não aceitar – aconteceu lá.

Hitler, Goebbles e Himmler – as três maiores imagens do Terceiro Reich – já tinham dado seu próprio fim – haviam se suicidado –, então o julgamento seria de enfeite, só para dar exemplo e mostrar que os estadunidenses estavam com tudo! Por isso os acusados eram assessores e diretores políticos, militares ou econômicos que auxiliaram Hitler na pintura do quadro mais revoltante da Segunda Guerra Mundial. O único de verdadeira relevância no julgamento foi Hermann Goering que foi descrito por promotores americanos como “um dos piores criminosos do mundo” e o mais complicado foi Rudolph Rees, pois ele tinha tido amnésia e sofria perturbações psicológicas.

O Julgamento começou no dia 20 de novembro de 1945 no Palácio da Justiça de Nuremberg com seus vinte e um acusados. Como não havia constituição universal, os EUA usaram diretamente as suas leis e indiretamente a Bíblia como base para o julgamento, o que pode ser provado pelo uso da expressão do juiz da Suprema Corte, Robert Jackson, “foram crimes como os de Caim”. Vejamos quem foram eles, o que fizeram e o resultado de seus julgamentos:

Baldur Von Schirach – Líder da juventude hitlerista – foi condenado a 20 anos de prisão.
Alfred Jodl – Chefe de operações do alto comando – foi enforcado em 1946, foi perdoado postumamente em 1953.
Franz Von Papen – Ex-chanceler de Hitler – foi absolvido em Nuremberg e ainda tentou voltar para a política.
Arthur Seyss-Inquart – Governador do Reich na Holanda – foi enforcado.
Albert Speer – Ministro de Armamento de Hitler – foi condenado a 20 anos de prisão em Spandau.
Constantin Von Neurath – Ministro do Exterior de Hitler – foi condenado a 15 anos de prisão, mas só cumpriu treze, por causa de problemas cardíacos.
Hans Fritzsche – Chefe de Comunicação de Goebbles – foi absolvido em Nuremberg, mas foi condenado num outro julgamento do governo alemão.
Hermann Goering – Chefe da Força Aérea e possível sucessor de Hitler – foi condenado à morte, mas suicidou-se antes.
Rudolph Rees – Vice-líder do partido nazista – foi condenado à prisão perpétua em Spandau, onde se suicidou com um fio elétrico.
Joachim Von Ribbentrop – Ministro do Exterior – Foi enforcado.
Wihelm Keitel – Chefe das Forças Armadas do Estado Maior – foi enforcado.
Ernst Kaltenbrunner – Chefe de Segurança e da Gestapo – foi enforcado.
Alfred Rosenberg – Teórico nazista e Ministro de Territórios Ocupados – foi enforcado.
Hans Frank – Governador do território ocupado na Polônia – demonstrou conversão ao cristianismo, mas foi enforcado.
Wihelm Frick – Ministro do Interior – foi enforcado.
Julius Streicher – Editor do Jornal “Der Stuermer”, jornal que defendeu e incentivou o extermínio dos judeus – foi enforcado.
Walther Funk – Ministro da Economia e Diretor do Banco Central – foi condenado à prisão perpétua, mas foi solto 30 anos antes de morrer por razões médicas.
Hjalmar Schacht – Ministro da Economia e Diretor do Banco Central, antes de Funk – foi absolvido em Nuremberg, mas foi condenado a 8 anos de prisão em outro julgamento.
Fritz Saukel – Diretor de Trabalhos Forçados do Reich – foi enforcado.
Erich Raeder – Comandante-em-chefe da Marinha – foi condenado à prisão perpétua, mas foi solto 5 anos antes de morrer.
Karl Doenitz – Comandante da Armada de Submarinos, Sucessor de Hitler por breve período – foi condenado a 10 anos de prisão, cumpriu-os com devoção e morreu sem se arrepender nem deixar a filosofia do Reich.

O caso de Nuremberg foi o primeiro e o último, não por falta de necessidade, mas por falta de coragem de fazê-lo novamente, a Guerra do Iraque, as guerras civis na África, etc. são dignas da mesma atenção que o genocídio feito pelos alemães. Mas o julgamento de Nuremberg não foi perfeito... Por que só os derrotados foram julgados? Os judeus mortos pelos alemães eram mais importantes que os japoneses mortos pelos EUA? Ainda temos muito a aprender e melhorar.

Apologética Cristã...

Apologética vem da palavra grega “apologia” que quer dizer literalmente “defesa”, por isso Apologética Cristã significa a Defesa da Fé Cristã. Um apologista é aquele que defende uma ideologia ou uma doutrina.


A apologética nunca foi tão importante para a Cristandade como nesses nossos dias, pois hoje em dia o cristianismo está sendo atacado por todos os lados e os cristãos estão cada vez mais desleixados com o estudo da Palavra.

Os primeiros apologistas foram o Apóstolo Paulo – por causa do caráter defensivo de suas epístolas aos Gálatas e aos Colossenses – e o Apóstolo João – já que o evangelho escrito segundo ele e sua primeira epístola apresentavam constante correção com relação a doutrinas corrompidas.

Depois dessa primeira fase de defesa da Igreja contra falsas doutrinas veio a segunda fase que defendeu a fé cristã do Império Romano. Nessa fase se destacou Justino Mártir que estudou Filosofia e se converteu ao Cristianismo lendo o Antigo Testamento. Já convertido e maduro na fé, Justino enviou ao Imperador Antonino Pio a obra “Apologia” defendendo os cristãos e o cristianismo, e, logo depois, ele escreveu

“Segunda Apologia” para o Imperador Marco Aurélio... Nenhum dos imperadores deu atenção às obras e fez com que ele e seis companheiros fossem presos, açoitados e decapitados por causa da fé.

E houve outros como

Aristides que foi amigo e parceiro de Justino.

Tertuliano que é considerado um dos melhores apologistas cristãos de todos os tempos, suas obras discorriam sobre a defesa da fé cristã diante do Império, das heresias e das influências mundanas.

Orígenes que se destacou na apologética por ser exagerado, ele foi preso e intensamente torturado, tanto que morreu em decorrência dos ferimentos da tortura. Atanásio que se destacou na defesa da divindade e da infalibilidade de Jesus, ele foi preso e exilado cinco vezes, mas continuou firme na defesa do cristianismo.

Agostinho que se converteu a Cristo já com 33 anos, era profundo conhecedor de filosofia e criador da escola Patrística que defendia uma conciliação entre ciência e fé, ele destacou-se no estudo das Epístolas Paulinas e é considerado até hoje um dos maiores teólogos de todos os tempos.

Sem uma doutrina sadia e fiel não há apologética, sem apologética não há fé, sem fé não há igreja.

O Tempo como Solucionador...

Quando os problemas aparecem,
Quando as dúvidas persistem,
Quando as respostas desaparecem,
Quando as soluções inexistem
É normal que nós digamos:
“Somente o tempo dirá!”
É normal que creiamos
Que a vida irá melhorar.

Mas parece infantil, crer
Que o tempo fará algo em nosso favor,
Já que ele só irá fazer
Se nós o ajudarmos com o nosso lavor,
Com nosso trabalho incansável,
Com nossa pequena vontade,
Com nosso sonho inalcançável,
Com nossa busca pela verdade.

Então nunca diga que só o tempo dirá,
Pois o tempo não sabe nada que eu não sei,
O tempo só pode vir um dia a revelar
O que eu quero saber e que descobrirei.

Raul Cézar de Albuquerque
08/03/2011

Energia Inteligente...

A tecnologia vem avançando, mas... E a nossa rede elétrica? Ela é praticamente a mesma desde que foi criada... Está na hora de uma “Revolução Elétrica” para tornar a nossa energia mais ecológica, mais segura e mais barata? Os apagões são cada vez mais frequentes, as pessoas usam cada vez mais energia elétrica e com cada vez mais desnecessidade. Precisamos de uma rede inteligente!


Alguns países estão pensando nisso... Vejamos as suas táticas:

Estados Unidos da América: Barack Obama investiu 4,5 bilhões em uma nova rede elétrica que seja inteligente ao ponto de regular a energia fornecida a cada item da casa – sozinha! Além de investir em carros elétricos e em redes inteligentes que regulam itens como a geladeira por si só!

Reino Unido: O governo inglês está testando a tecnologia das redes inteligentes – americanas – e de medidores inteligentes que, além de medir, controlam a energia de uma casa, tudo isso para reduzir o consumo de energia e a emissão de carbono, e também para aumentar o uso de fontes de energia renováveis.

Dinamarca: A capital mundial da energia eólica está tentando aproveitar toda a potência de seus ventos para investir em carros elétricos que não terão problemas para serem reabastecidos.

Itália: É o caso mais bem aceito e mais bem sucedido de energia inteligente. Desde 2005, 27 milhões de italianos têm um medidor inteligente em sua casa, esses medidores vieram de forma sutil, mas já fazem efeito: de lá pra cá, o consumo de energia foi reduzido em pouco mais de 5%.

Coreia do Sul: O país que revolucionou a oferta de internet banda larga quer revolucionar – em parceria com os Estados Unidos – a distribuição de energia tendo uma rede inteligente jamais posta em prática até 2030, de modo que economizasse o trabalho de sete usinas nucleares de 1GW.

China: O consumo de energia na China deve dobrar nos próximos 10 anos e, por isso, ela quer completar sua rede elétrica inteligente até 2020. O mesmo país quer diminuir em 15% o uso das usinas de carvão na produção de energia no mesmo prazo, além de estimular o uso da energia eólica e da energia solar.

Os outros países continuam com seus projetos mirabolantes ou mesquinhos, ou, pior, despreocupados com o nosso futuro.

Falsa Religiosidade...

Nesses dias de igrejas em cada esquina, os cristãos estão sendo mal formados, desenvolvendo um caráter cristão distorcido com veias mundanas e narcisistas. Vejamos algumas dessas anomalias que atacam os cristãos do século XXI:


Denominacionalista: É aquele que põe a denominação acima da verdade universal pregada por Jesus Cristo e discrimina instituições interdenominacionais. Esse tipo de cristão esconde um orgulho doentio que tem seu prazer na denominação e não no amor de Cristo.

Moralista: É aquele que é muito apegado a regras e proibições do código religioso, não pratica a misericórdia, acha-se juiz de seus irmãos, detalhista em relação à conduta dos irmãos, escrupuloso em relação a erros, vê em si um zelador da moral cristã. Esse tipo de cristão é regido pelo estatuto e não pela Bíblia, além de viver pela consciência pessoal, colocando-a acima da Palavra de Deus.

Espiritualista: É aquele que sempre se acha no plano espiritual, acha que só tem necessidades espirituais esquecendo-se das necessidades fisiológicas, afetivas, pessoais e sociais, imagina que o mundo é exclusivamente espiritual. Esse tipo de cristão vive num plano abstrato, imaginário, surrealista e antibíblico.

Humanista: É aquele que contamina o cristianismo com correntes filosóficas, entende Deus como juiz tolerante que entregará perdão a todos, diz que a Justiça Divina funciona como a justiça terrena. Esse tipo de cristão coloca o homem no centro do cristianismo mostrando Deus como um eterno servo.

Permissivista: É aquele que não se preocupa em prestar contas da sua vida a Deus, não desenvolve o discernimento espiritual para evitar a corrupção do cristianismo por meio de influências mundanas, mostra-se de acordo com a descaracterização do caráter cristão. Esse tipo de cristão é tolerante e complacente com os próprios pecados e é incentivador e cúmplice da vida pecaminosa dos irmãos.

Supersticioso: É aquele que se mostra infantil com relação às coisas espirituais, mistura o mundo espiritual com um mundo imaginário próprio, é facilmente levado por reuniões de “prodígios e maravilhas”, é despreparado para defender a fé cristã por não conhecê-la. Esse tipo de cristão descarta a Verdade por um espiritualismo fantasioso e desconsidera a palavra que diz que “o justo viverá da fé” (Hb 2.4).

Fanático: É aquele que se sente melhor com o uso de amuletos revelando-se idólatra (Ex 20.4), acha que Deus só se revela por meio de rituais, possui verdadeiro ódio por pessoas de religiões diferentes. Esse tipo de cristão é um escravo da imaturidade espiritual.

Tradicionalista: É aquele que é nascido numa família cristã, vê a igreja como um espaço social onde ele encontra amigos e mostra-se aos outros, acha que um cargo na igreja é status social e não unção divina. Esse tipo de cristão mantém-se na igreja não por amor a Deus, mas por comodismo.

Turista: É aquele que vê a igreja com tanto desdém que nem se mostra compromissado com ela, às vezes sente-se culpado por não ir a igreja, às vezes culpa a igreja por não ser “atrativa”, tem medo de vínculos com cargos, com o Corpo de Cristo e com o próprio Cristo. Esse tipo de cristão tem uma religiosidade é tão inconstante quanto seu comparecimento a igreja.

Certezas Duvidosas...

Eu pareço duvidar muito mais,
A cada mínimo segundo que passa,
De conceitos de mil anos atrás
Que de minha inteligência escassa.

Minhas dúvidas se multiplicam
De modo espantoso e instigante,
Elas me elevam e me complicam,
Fazem de mim, um ser pensante.

Para cada rara certeza absoluta
Tenho cem perguntas sem resposta.
Para uma simples dúvida irresoluta
Tenho seiscentas ideias opostas.

Uma fábrica de dúvidas em mim,
De dúvidas, interrogações e perguntas,
Umas dizem que não, outras que sim,
Todas intrínsecas, pessoais e profundas.

Quem é quem? Quem sou eu?
Por que choro, sofro e sinto dor?
Por que só penso no que é meu?
O que é a vida? O que é o amor?

São poucas as certezas
E as dúvidas são numerosas,
Mas não nego a beleza
Das nossas certezas duvidosas.

Raul Cézar de Albuquerque
07-08/03/2011

Exercitando o Cérebro...

Hoje em dia é comum exercitar o corpo com as milhares de academias espalhadas pelo mundo. Para os desinformados, academias eram as referências renascentistas às arcádias, lugar onde os gregos adoravam a Apolo – deus do conhecimento – lendo poemas e filosofando sobre questões humanas e sociais. Portanto, esses lugares de culto ao corpo são quase uma blasfêmia ao trabalho dos homens do renascimento de resgatar a insuperável cultura grega.


E, para a ciência, as arcádias gregas eram mais importantes que as atuais academias, pois recentes pesquisas científicas confirmaram que é mais importante exercitar o cérebro que o corpo. Pois nós nascemos com cerca de 100 bilhões de neurônios e não ganhamos mais nenhum durante a vida, por isso é importante exercitá-los para que eles não morram...

Mas o que exercita o cérebro? O que é possível fazer para manter o cérebro jovem e desenvolto?

1. APRENDER COISAS NOVAS. Pois a cada nova descoberta o cérebro realiza uma descarga elétrica que passa por cada neurônio até que o novo conhecimento seja armazenado.

2. REALIZAR PASSATEMPOS. Algumas “palavras cruzadas” ou “caça-palavras” são ótimas para que o cérebro faça novas sinapses entre os neurônios e estabeleça novas ligações acerca de conhecimentos já obtidos ou não, e sem estresse.

3. LER SEMPRE. Manter os caminhos cerebrais de informações sempre ativos facilita e acelera as ligações e os cruzamentos de dados já estabelecidos na mente.

4. CRIAR COISAS NOVAS. Escrever textos, fazer desenhos, ter novas idéias e criar um jeito só seu de aprender estimula a criatividade, favorece o desenvolvimento da memória, retarda o envelhecimento e contribui para a sua inteligência.

Ou seja, nunca subestime uma cruzadinha!

A Igreja Perseguida...

Quando a Igreja estava formada e já tinha conhecimento de seu poder e de seus objetivos começaram as perseguições, primeiramente pelos judeus, mas a parte pesada ficou por conta de Roma... E começou – oficialmente – no governo de Nero, pois, em 64 d.C, Roma foi destruída por um incêndio.


Provavelmente, foi Nero quem o causou, mas aproveitou a antipatia da grande massa com relação aos cristãos para livrar-se da culpa pondo-a sobre os romanos convertidos ao Evangelho. A partir daí, o povo romano começou a perseguir os cristãos...

Nesse clima de ódio aos cristãos, Paulo foi martirizado sendo decapitado – foi uma morte mais leve, porque Paulo era do Sinédrio e tinha sido ensinado aos pés de Gamaliel – e Pedro foi martirizado morrendo numa cruz de cabeça para baixo – já que era um pobre pescador da Galileia.

Quando a perseguição começou, boa parte do Novo Testamento já tinha sido escrito. E a perseguição aos cristãos era motivada por três pontos:

1) A Conversão ao Cristianismo acabava com o comércio de ídolos: Porque você acha que a Igreja Católica Apostólica Romana voltou com esse hábito?

2) A não-adoração ao Imperador: A adoração a César era uma prova de lealdade ao Império, mas os cristãos adoravam ao Rei Jesus.

3) O Cristianismo considerava todos iguais: A igualdade entre os homens pregada por Cristo acabou por exterminar a escravidão em Roma.

A perseguição continuou com Nero e Domiciano – nessa época foi morto o irmão Tiago que foi crucificado em 107 d.C –, e continuou no governo de Marco Aurélio – com cristãos sendo jogados às feras no Coliseu, Policarpo (pastor da igreja de Esmirna) foi morto sendo queimado vivo em 155 d.C –, mas Septímio Severo fez jus ao seu nome – queimou, decapitou e fez cristãos serem despedaçados por feras –, depois vieram Valeriano, Diocleciano – que se destacou pois queimou cristãos, templos e bíblias –, Galério e Constâncio. Mas Constantino, filho de Constâncio, pôs fim à perseguição fazendo valer o Édito de Milão que garantia a liberdade religiosa e Teodósio pôs em prática o Édito de Tessalônica que indicava que Roma é Cristã. É... Bem que o Dono da Igreja tinha dito que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”...