Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Devaneio #5

"Se eu ficar triste ou angustiado, é por que dei muita atenção para as coisas irrisórias que me parecem erradas [às vezes só parecem]. Pois se eu passar a observar como tudo o que é realmente importante em minha vida se encaixa perfeitamente, perceberei que não passo de um milagre, que só posso agradecer pelo que tenho recebido. Ficar 'se doendo' por detalhes ou alimentar ódio por pessoas não muda nada. Por isso não dou tanta importância para estes 'probleminhas de percurso'." C.P.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Devaneio #4


"Estou torcendo para que as minhas coisas nem liguem para a gravidade e continuem lá em cima. Pelo menos até que eu tenha força suficiente para deixá-las suspensas, na verdade, sustentadas, num lugar bem alto, um lugar em que só estão as coisas que atingiram a excelência. Pura Ilusão!" (C.P.)

Três dicas para escrever melhor...



*Para as pessoas que gostam de escrever, mas acham que ainda não escrevem bem.
*Para os que lêem textos bons na net ou em livros e acham que têm jeito pra escrever, mas por algum motivo [que desconhecem] acham que seus textos não saem como esperam.
Conheço muitas pessoas assim...
Admiro muito tais pessoas, pois o mundo moderno faz de tudo para nos castrar em termos culturais e artísticos.
Ninguém mais tem tempo para parar e escrever algo ou ouvir uma boa música [no máximo, as que estão no celular, que se ouvem no meio do maior estresse do mundo. (Acho que é por isso que a música clássica não vem resistindo com muito ímpeto na sociedade moderna)].
Para tais pessoas, vou deixar três dicas simples, mas que podem melhorar muito sua escrita:
[Obs.: Estas dicas são para quem quer escrever textos que expressem seus dilemas, não para quem quer escrever poemas, pois estes pedem um pouco mais de leitura, prática, dom e noções de estilística (mas talvez possa fazer algo do tipo para poetas depois)]


Dica #1: AME O CÓDIGO:

Gostar da língua e de suas regras é um bom primeiro passo. Ter prazer em estudar regras de concordância e regência é indispensável para quem quer escrever bem. Ser preocupado com a grafia correta das palavras é o básico para quem quer arranhar a boa literatura. Resumindo: amar o código é a raiz de todas as benesses da escrita, mas é só a raiz.


Dica #2: TENHA O HÁBITO DA BOA LEITURA:

O que se ganha lendo bons livros é o que vai acabar por formar a base de um bom processo produtivo. Prezar pelos livros antigos é uma forma de alcançar um bom e culto vocabulário. Nem falo em começar por Homero (o que é uma ótima, mas pesada ideia), indico começar pelos românticos (Goethe e afins) para quem tem estômago ou pelos realistas (Balzac, Flaubert, Machado de Assis e afins) para quem tem paciência. Para os momentos em que estiver sem saco ou animação para ler romances, invista em contos ou crônicas. Para os mais anormais, a leitura de poesia é uma ótima saída que tem mais influência no processo cognitivo que no processo produtivo em si, poesia amplia sua percepção literária. [Ler sobre literatura vai te ajudar a selecionar melhor o que você vai ler. Leva tempo, mas ajuda muito]


Dica #3: ESCREVA:

Esta a última e mais importante das três dicas. Não espere a inspiração mais genial, a frase mais bela do mundo, o momento perfeito nem o seu estágio mais maduro de produção literária para escrever. Simplesmente: Escreva!

Difícil pergunta...


Não gostei deste nem dos últimos 4 poemas, pois todos apresentam algum bloqueio artístico [torçam para que isso passe]:



Se você me perguntar quem sou eu,
Eu nem tentarei mais responder.
Essa é a situação de quem já perdeu
Muito tempo tentando se entender.

Na verdade, acho que ninguém conhece
A resposta desta indagação.
Às vezes, parece que ninguém merece
Receber esta tal iluminação.

Mas há algo em mim                        
Que não me deixa desistir,
Sendo bom ou ruim,
Acho que é o que me deixa aqui.

Numa última tentativa
Vou tentar me definir,
Para que continue viva
Esta “questão do existir”.

Eu sou algum ponto perdido
Entre o que eu deveria ser,
O que de mim é pedido
E o que eu tento não parecer.


Raul Cézar de Albuquerque
25/11/2011

Devaneio #3


"Viver, apenas, não basta. Sentir a vida passar, também não. Escrever sua história participando de outras, eis o sentido da vida" C.P.

Um pouco de Nietzsche para o seu dia



Este que é um dos mais polêmicos filósofos da História tem conceitos bem úteis para o cotidiano, bem praticáveis.
O homem que ganhou o ódio de religiosos, puritanos e moralistas ao mesmo tempo.
O gênio que figura entre os mitos do século XX. Muitos adjetivos lhe foram impostos: louco, gênio, endemoniado, possuído, ofensor da ordem pública, imoral... Existem muitos! (eu prefiro o segundo termo)
O que eu, particularmente, gosto em Nietzsche é o fato de ele não desenvolver muito suas ideias, apenas propô-las, deixando o papel de filósofos para nós.
A partir deste dia algumas ideias deste gênio passarão a figurar aqui, no blog: [Aí vão as primeiras de muitas! (eu espero!)]

#Cópias:
    Não é raro encontrar cópias de homens consideráveis; e como ocorre com os quadros, a maioria das pessoas se afeiçoa mais às cópias que aos originais.

#Preferências por certas virtudes:
    Para conferir um preço especial à profissão de uma virtude, esperamos ter constatado sua completa ausência em nosso inimigo.

#Graciosidades:
   Às pessoas que não amamos, imputamos como crimes as graciosidades que nos fazem.

Três grupos, em qual você está?



Na história relatada no Evangelho de João 8.1-11 a da mulher adúltera, podemos encontrar um quadro muito bem definido com relação às pessoas que o compõem. A história que origina uma das frases mais relacionadas do mundo ocidental. São três grupos:

1. Os pecadores: Representados pela mulher adúltera, são aqueles que precisam de salvação, perdão e libertação. Somos nós antes da graça do Senhor Jesus nos alcançar. Um grupo que não deve ser julgado muito menos humilhado apenas acolhido e guiado aos caminhos do Senhor.

2. Os acusadores: Representados pelos fariseus e os escribas, são aqueles que desconhecem [ou desprezam] o perdão que lhes cobriu. Em seu estado de cegueira espiritual, não veem como já foram iguais àqueles pecadores, consideram que nem mais precisam do perdão que Cristo nos oferece diariamente. Parecem ter criado um código de conduta só seu, com seus pecadinhos e os pecadões dos outros: uma escala inexistente no nível espiritual.

3. Os perdoadores: Representados por Cristo, são aqueles que fazem parte do Corpo de Cristo, que são da Igreja, mas reconhecem que nada seriam sem o poder de Cristo, vendo os pecadores como seres iguais apenas precisando de salvação. São cristãos simples cujo código de conduta é apenas a PALAVRA sem acréscimos administrativos ou acadêmicos... eles crêem na Palavra que é “viva e eficaz”.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A visão daqui do pier...

Numa viagem da escola, eu tirei esta foto!
Nesse pier, eu olhei para todos os lados e disse ao meu amigo:
_ Daqui tudo é tão distante! Guarda essa frase!
É... não sei se ele guardou, mas eu guardei e fiz este poema sobre aquele momento... inesquecível... único... indelével... inolvidável... A visão daqui do píer:

Daqui do píer tudo parece muito distante.
A natureza parece estar num lugar só seu,
As aves parecem que vão bem mais adiante
E os problemas já não parecem ser meus.

Daqui do píer tudo parece muito pequeno.
Grandes árvores parecem pontos esverdeados,
Poderosas aves parecem poder bem menos
E os problemas parecem agora minimizados.

Daqui do píer tudo parece tão encantador.
As árvores parecem dispostas planejadamente,
As aves voam como tivessem um planador
E a minha vida parece que vai seguir em frente.

Acho que tudo está bem correlacionado:
Quanto mais distante, menor algo parecerá.
Distante, algo parece ficar embelezado,
Pois seu conjunto de imperfeições desaparecerá.

Isso também serve para as pessoas:
de longe, todas parecem bem-comportadas.
Parecem humildes, solícitas e boas,
Parecem superiores, belas e controladas.

É só sair do píer e se aproximar:
Observar a bagunça que é a natureza.
O desespero das aves tentando voar.
Ver que seus problemas continuam lá.
Do píer tudo parece distante, menos a beleza.

Raul Cézar de Albuquerque
23/11/2011

Só pra gente ser feliz...

Não estou gostando desta minha fase romântica... melosa. Tudo que eu odiava em Shakespeare e outros autores que me deixam com diabetes está me acometendo de modo estranho. Um mais forte em termos de melosidade adolescente... Só pra gente ser feliz:

Diz que me ama sinceramente
[Não se esquece de dizer com sinceridade].
Diz que me quer daqui pra frente.
Diz que me quer contigo pra toda a eternidade.

Fala do teu amor por mim
E me faz mais feliz que o mais feliz dos humanos.
Diz que me ama, me diz que sim,
Para que ao teu lado eu passe todos os meus anos.

Esqueça as palavras belas e pomposas.
Esqueça o vocabulário rebuscado.
Porque eu não me esquecerei das rosas,
Quando pedir para viver ao teu lado.

Por amor, não se esqueça de dizer que me ama!
Só pra eu ter certeza de que sou feliz,
Pra eu poder dormir, quando deitar na cama,
Pra saber que a felicidade não fugiu por um triz.

Faz-me feliz com este teu almejado amor.
Faz-me só teu, além de teu amigo.
Diz que ama este pequeno amador,
Não me faça feliz. Seja feliz comigo!

Raul Cézar de Albuquerque
22/11/2011

Tempo de Abstinências...

Estava lendo um texto de uma amiga e lá vi algo que me chamou a atenção...
"Entende? Não é impossível me arrancar um sorriso, um brilho no olhar, eu só tô numa fase de abstinências, [...]" Ketilly Rayane
Isso ficou martelando em minha cabeça até eu decidir escrever sobre isso. Acabei por gostar do poema... Tempo de Abstinências:

Nós sempre estamos precisando
De um tempo de abstinências.
Algo para ver o que está faltando,
De quê é a nossa carência.

Um período intrapessoal.
Um período para se entender.
Um momento essencial.
De você e para você, só você.

Um tempo de poucas risadas,
Mas de muita reflexão.
Onde a mente não fica parada,
Muito menos o coração.

É o tempo de procurar o porquê
De tanta tristeza e inquietação.
É o tempo de tentar entender
Tudo o que atormenta seu coração.

É a hora de remexer as lembranças,
As mais antigas, secas e dolorosas,
De ver para onde foram as esperanças
E por que morreram aquelas rosas,
Aquelas de quando se era criança
E a vida era um pouco mais generosa.

Um tempo de frases cabais.
Um tempo sem reticências.
Um tempo de pontos finais.
Um tempo de abstinências.

Raul Cézar de Albuquerque
21/11/2011

Sinta quem lê!

 

Depois do meu último poema foi bombardeado  por pessoas que realmente achavam que eu estava depressivo ou triste demais ou sofrendo por amor (pessoas que nunca ouviram falar em "eu-lírico"). E nada melhor para acabar com discórdias que um poema do professor eterno Fernando Pessoa... Isto:

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Decepção "Augusto Cury"

Augusto Cury... Já foi um bom escritor... é... Já foi. Não é mais...
Perdeu-se no comércio o gênio anteriormente citado neste mesmo blog. 
O homem cheio de ideais e profundidade psicológica já não existe mais. 
O autor de "O código da inteligência" transformou-se num autorzinho de mesa de indicação de livraria.

Augusto Psicólogo-Famoso Cury tomou o lugar de um escritor que tinha futuro. 
Aquele Augusto Cury tornou-se um autor comercial demais, simples demais e... paupérrimo em termos de base literária... Todos os seus livros tem a mesma base e seguem a mesma ideia... 

Seus romancinhos recentes são tomados de um mediocridade que me enojam... Sua fama atual deve-se, não à simplicidade, mas à pobreza de suas teorias... 

Ele tirou o leitor do labirinto, que é a boa obra, e pôs o leitor do lado de fora... Já não é arte, é comercialidade... Não há complexidade... 
Sinto muito, mas o Brasil perdeu um ótimo escritor. 

Meus pêsames à literatura brasileira.
Meus pêsames aos brasileiros que gostam da boa... da BOA literatura.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Só pra entender...

Estou meio depressivo, estou achando isso depois de ler este poema e não acreditar que havia tanta tristeza dentro de mim para ser externada:

Eu quero sentir a dor da noite densa
quando ferida pelo primeiro raio de sol
e a que a tarde extensa e intensa
demonstra através do arrebol.

Quero sentir a dor da rosa
quando abusada pelo beija-flor
e a da tranquilidade tão gloriosa
quando interrompida por um amor.

Eu quero apenas sentir a dor do mar 
que não pode controlar suas ondas
e o desespero do caminhante ao iniciar
a caminhada sem saber se será longa.

Eu quero sentir a dor pungente
que em tardes negras faz o céu chorar
e lembrar aquilo que faz a gente
se entristecer só de pensar.

Eu quero sentir tudo até a dor maior
eu quero sentir toda essa dor
só pra entender que não existe nada pior
que a dor me traz este amor.

Raul Cézar de Albuquerque
17/11/2011

Milagres Notáveis...



Após o vestibular, passei a olhar para tudo com um tom mais poético... O poema que vem a seguir é fruto disso:

Queres ser feliz, caro leitor?
Acho que todos querem alcançar a felicidade,
Pois sem este pleno amor,
Amor pela vida, não há sonhos nem liberdade.

Queres realmente ser feliz, caro leitor?
Então, vai até a janela e vê.
Vê a felicidade que nasce junto à flor.
A felicidade de simplesmente ser.

A felicidade que está em existir.
Que não depende do salário ou do clima.
Que não consegue pensar só em si.
Que não liga se está embaixo ou acima.

É a felicidade do cotidiano.
A mais pura e eficaz felicidade.
Aquela felicidade sem dano.
A felicidade do milagre.

Do milagre do primeiro raio de luz
Que fura a noite para o alvorecer.
Dos lírios do campo que nascem nus,
Mas embelezam-se a cada amanhecer.

Dos pássaros que executam sinfonias.
Das belas crianças que acordam lentamente.
Das pessoas que acumulam alegrias.
Dos que estariam tristes, mas estão contentes.

O milagre do sol que fulge ao meio-dia
E das pessoas que correm apressadas,
Sem esquecer a árvore que, nada fugidia,
Assim como a verdade, permanece parada.

O milagre do arrebol que toma a imensidão
Bem no finalzinho da tarde.
Ou, em última instância, o milagre de um coração
Que antes só batia e agora, arde.

Raul Cézar de Albuquerque
11/11/2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Devaneio #2

 "O tamanho do seu legado é o tamanho das coisas das quais você depende" (C.P.)


Qual você escolhe?