Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Reiniciar...



Estava na casa de praia com uns primos, um deles era muito, mas muito viciado em videogame. A única coisa que mudava era o jogo, mas ele quase não piscava. Era muito vício! Nós tínhamos que insistir muito pra ele ir a praia conosco. Acabei escrevendo o poema...

Ele nasceu e cresceu.
Ele pôs a trabalhar pra sobreviver.
A um amor ele se deu.
E continuou a vida tentando se manter.

Ele trabalhou mais um pouquinho
E alcançou uma vida de qualidade,
Pois em casa recebia carinho
E recebia dinheiro na cidade.

Ele teve os seus dois filhos amados
E acompanhou suas vidas diligentemente.
Fez-lhes homens trabalhadores e honrados.
Era seu sonho e era surpreendente.

Com todos seus sonhos realizados,
Percebeu que a ampulheta indicava o fim,
Percebeu que seu tempo havia passado,
Percebeu que a vida já não era assim,
Assim tão agitada quanto ela havia pensado,
Ele havia pensado na vida apenas do “sim”.

Tudo estava ficando repetitivo, resolveu se apagar.
Apenas decidiu desistir, e desistiu de sua vida.
Na tela, apareceu a janela perguntando se ele iria reiniciar.
E, obviamente, ele decidiu reiniciar a partida.

[quem não reiniciaria?]

Raul Cézar de Albuquerque
06/01/2012

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