Contra o azul movendo seus azuis,
o mar, e contra o céu,
umas flores amarelas.
Outubro chega.
E ainda que seja
tão importante o mar desenvolvendo
seu mito, sua missão, seu fermento,
explode
sobre a areia de ouro
uma só
planta amarela
e se amarram
teus olhos à terra,
fogem do magno mar e seus batimentos.
Pó somos, seremos.
Nem ar, nem fogo, nem água
e sim
terra
só terra
seremos
e talvez
umas flores amarelas.
"Oda a unas flores amarillas", de Pablo Neruda.
Escrito em Caracas, Venezuela, em 14/07/1957.
Publicado em "Tercer libro de las odas", de 1957.
Poema traduzido fielmente por Raul Cézar de Albuquerque.
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