Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

sábado, 7 de abril de 2012

"Ode a umas Flores Amarelas" de Pablo Neruda



Contra o azul movendo seus azuis,
o mar, e contra o céu,
umas flores amarelas.


Outubro chega.


E ainda que  seja
tão importante o mar desenvolvendo
seu mito, sua missão, seu fermento,
explode 
sobre a areia de ouro
uma só 
planta amarela
e se amarram
teus olhos à terra,
fogem do magno mar e seus batimentos.


Pó somos, seremos.


Nem ar, nem fogo, nem água
e sim
terra
só terra
seremos
e talvez
umas flores amarelas.


"Oda a unas flores amarillas", de Pablo Neruda.
Escrito em Caracas, Venezuela, em 14/07/1957.
Publicado em "Tercer libro de las odas", de 1957.
Poema traduzido fielmente por Raul Cézar de Albuquerque.

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