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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Charles Baudelaire: Vida e Obra


Charles Baudelaire, um escritor, crítico e teórico de arte nascido em Paris (França), considerado por muitos críticos o pai da poesia moderna.
Baudelaire nasce em 1821, numa família religiosíssima, cujo pai era sacerdote e a mãe, beata. Mas, seu pai morreu quando ele era muito jovem e sua mãe casou-se com um oficial do Exército. Seu padrasto, então, enviou-o para o internato no Collège Royal, em Lyon. De lá, ele foi transferido, por alguns atos de insubmissão, para o Collège Luis-Le-Grand, de onde foi expulso por indisciplina em 1839.
Expulso do internato, Charles vive em Paris a vida que sempre sonhou (o que ele mesmo chamava de "vie libre"), uma vida dissoluta, período no qual ele "torrou" sua herança e acumulou dívidas. Nesse mesmo período, Baudelaire entra no meio artístico e literário parisiense.
Em 1857, ele lança o incendiário livro "As Flores do Mal", uma coletânea de 100 poemas com lirismo introspectivo, pesado, inconvencional e negro. Tão revolucionário que 6 poemas foram censurados - e que foram trocados por outros seis "mais belos que os suprimidos", segundo o próprio. 
O boom revolucionário de sua poesia foi inicialmente classificado como simbolista - movimento que muito influenciou com suas ideias - mas depois percebeu-se que ele era supra-acadêmico - o que faz alguns crerem que ele é o precursor do modernismo.
Assim ele ganhou fama na boemia de Paris, como tradutor de Edgar Alan Poe, poeta, crítico dos salons de Paris e como romancista, graças ao lançamento de "A Farfalo" em 1847 (livro que só ficou conhecido após a polêmica de "As flores do Mal").
Em 1861, lançou "As Flores do Mal" na versão original com os poemas antes retirados pela censura.  
A partir daí, sua saúde começou a ir-se - tanto a física quanto a mental -, cogita-se que tenha sido acometido pela sífilis quando jovem. Na Bélgica, sofreu uma queda que o impossibilitou de ler e escrever, morreu num sanatório parisiense, sem ter o prazer de ver sua obra refletindo em outros grandes nomes da poesia universal - mas geralmente ocorre assim, não é?!


São dele os seguintes e polêmicos versos:


"Se o veneno, a paixão, o estupro, a punhalada
Não bordaram ainda com desenhos finos
A trama vã de nossos míseros destinos,
É que nossa alma arriscou pouco ou quase nada."
Charles Baudelaire

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