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Günter Grass recebeu o
Nobel de Literatura de 1999, pois "com fábulas negras, desenhou o rosto
oculto da história."(citação da Academia Sueca)
Conhecido pelo seu livro
"O Tambor", lançado em 1959, um livro revolucionário e cheio de ideias
socialistas, Günter fez-se polêmico desde então.
Mas, em 2006, a Academia
Sueca e o resto do mundo ficaram surpresos com a revelação de que ele, Grass,
serviu na SS de Hitler - o que quase acabou com sua reputação perante
o conservador mundo da literatura.
Depois descobriu-se que ele
fez parte também da juventude hitlerista. Embora tenha nascido na Polônia, ele
serviu em cidades alemãs e depois estudou arte em Berlim e Düsseldorf.
Mas isso tinha ficado para
trás. Até que, no dia 04 de abril deste ano, Grass expôs mais uma de suas
fábulas negras. Publicou o poema "o que deve ser dito" num
jornal do sul da Alemanha. Ele escreveu:
Por que motivo só agora
digo,
já velho e com a minha
última tinta,
que Israel, potência
nuclear, coloca em perigo
uma paz mundial já de si
frágil?
Usando o status de Nobel de
Literatura, ele publicou um poema altamente antissemitista e antissionista. E
quando um alemão publica palavras contra Israel, nós lembramos de um cara
megalomaníaco de bigode marcante... Ele ainda diz, numa aliviação de
tom...
Só assim poderemos ajudar
todos,
israelenses e palestinos,
mas também todos os seres humanos
que nessa região ocupada pela demência
vivem em conflito lado a lado,
odiando-se mutuamente,
e decididamente ajudar-nos também.
israelenses e palestinos,
mas também todos os seres humanos
que nessa região ocupada pela demência
vivem em conflito lado a lado,
odiando-se mutuamente,
e decididamente ajudar-nos também.
Esperemos o desenrolar da situação... Apoiado pela comunidade árabe, ele deve explicar algumas coisas ainda! Lembro-me do Neruda que, com sua poesia altamente política, nunca ofendeu nenhum povo, muito menos um que tanto já sofreu...
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