"[...] reconhecendo, como se estivesse em um sonho, as casas de um ou dois andares, com cercas e jardins, varandas abertas e garagens, que despertam nela um sentimento familiar, aquelas imagens preservadas, deterioradas, ligeiramente desbotadas, lascadas, enfeadas com acréscimos e colagens, quartinhos construídos nos terraços, agregados nas laterais, ou no meio dos jardins, para alojar os descendentes que se casam e não podem morar sozinhos e vêm somar às famílias, exigindo mais espaço. Passa por lavanderias, farmácias, floriculturas, bares, placas de dentistas, médicos, contadores e advogados."
Trecho do primeiro capítulo de "A Festa do Bode" de Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário