O barulho se foi.
O som se foi.
O silêncio se foi.
Vejo que me restou
o nada.
A falta de ar
passou.
A respiração parou.
A vida cessou.
Restou-me esperar
a alvorada.
As cadeias caíram.
As liberdades
fugiram.
Os desejos me
impediram.
Eu já não sei o
que fazer.
As lembranças
acabaram.
Os esquecimentos
findaram.
As consciências se
apagaram.
Não tenho para
onde correr.
Os caminhos sumiram.
Os meus alvos caíram.
Os rastros me
iludiram.
Vejo que está tudo
vazio e opaco.
Só possuo o nada.
Não me lembro da
largada.
Não vejo a
chegada.
Estou preenchido
pelo vácuo.
Raul Cézar de
Albuquerque
21/02/2012
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