Não estava triste, nem depressivo, mas comecei a pensar nos meus medos (por um motivo que realmente desconheço). O poema veio quando pensei em "sempre tive medo de não ser feliz." Gostei do poema... Medo de não ser...
Eu sempre tive medo de não ser
feliz.
De morrer sem ter vivido.
De não experimentar do que sempre
quis.
De ser eternamente impedido.
Impedido de fazer de mim um
aprendiz.
Tive medo de ter me destruído.
Eu sempre tive medo de não ser eu.
De me deixar levar pelas
influências.
De confiar no que a vida me
prometeu.
De me perder entre as
consciências.
Eu sempre tive medo de não ser
claro.
De estar perdido entre a Poesia e
a Incerteza.
Pois perder-se neste terreno não é
algo raro.
Pois, neste terreno, não estão a
Arte nem a Beleza.
Eu sempre tive medo de não ser.
Eu tenho medo de apenas existir.
Mas meu maior medo é vir a morrer
Sem viver, sem tocar, sem sentir.
Raul Cézar de Albuquerque
28/01/2012
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