O
pernambucano Manuel Bandeira iniciou sua produção literária nos moldes
parnasianos, mas libertou-se e surgiu com destaque inquestionável no cenário
modernista. Tuberculoso, passou sua vida sendo ameaçado pela morte e esse
ininterrupto sentimento de fim marcou fortemente sua poesia. Cheio de um
lirismo ansiante - beirando o nostálgico -, ele destaca o seu ideal, seu último
poema...
Assim eu quereria meu último
poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
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