Chega uma idade
(E não são dez, vinte ou cem anos!)
Em que o amor se estabelece,
Tonto ainda de surpresa
Ou duro e resistente de tristezas...
Chega uma idade
(Suspensa no tempo e no espaço!)
Em que os olhos brilham no infinito
E verdes envolvem tudo em volta
E pretos se assustam e se renovam...
Chega uma idade
(E um sonho, e um toque...)
Em que palavras não resumem sentimento
E apenas a pele manifesta o prazer
E os olhos fecham e a mente voa...
Chega uma idade
(E dela fugir é impossível...)
Em que as mentes e os corpos se procuram.
Homem e Mulher em completude,
Em calor, em suor, se complementam...
Chega, enfim, uma idade
(E o nome se diz: intimidade!)
Em que medos e sustos evaporam
E os cinco sentidos predominam:
Eu e Você. Só!
Silêncio!!
de Fernando Ivo.
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