Nestes dias de divagações,
em que vagamos pelas
terras do nunca - e de sempre -,
encontramos o novo que
não passa da outra face
do velho.
Descobrimos palavras térreas
sobre as quais pisamos
sem antes ler.
Nossos olhos visitam
casas que até então
eram insignificantes pontos
na paisagem estática.
Nossas rodas passam
por pontes velhas e cansadas
- de fazer aquelas ligações impossíveis.
Revelamo-nos horas e estátuas
perpétuas.
Abrimos espaço para o grito mercante
que toma toda a rua.
E, com essa vida devagar,
há um prazer em divagar
que não nos deixa parar de vagar.
Raul Cézar de Albuquerque
18/08/2012
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