Se pões a adaga tão fundo,
é por que não tens pena
nem do que tu mesma sentirás depois.
Num espasmo emocional,
matas teu próprio orgulho e
repartes teus tesouros, jogando-os aos abutres.
Se é teu desejo
que me compadeça de ti,
dou-te parabéns, pois conseguiste.
Não consigo odiar-te, mas
há algo em mim que supôs repulsa
ao teu tom soberbo, mesmo em tão
adversa e impensada situação.
Dizer "te amo" seria
hipocrisia agora
- e talvez pelos próximos dias também.
Tornaste improdutivo
o teu caminho.
Feriste quem te guiou e acompanhou;
Agora,
some do alcance da visão.
Depois,
- se quiseres -
volta, mas com um novo rosto.
Com os sorrisos que vendeste a baixos preços.
Com as qualidades que esqueceste.
Com o que um dia encantou-me.
Se assim não for, é melhor que nem voltes.
Raul Cézar de Albuquerque
02/01/2013
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