Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

sábado, 7 de abril de 2012

O Polêmico Günter Grass

Günter Grass


Günter Grass recebeu o Nobel de Literatura de 1999, pois "com fábulas negras, desenhou o rosto oculto da história."(citação da Academia Sueca)

Conhecido pelo seu livro "O Tambor", lançado em 1959, um livro revolucionário e cheio de ideias socialistas, Günter fez-se polêmico desde então. 
Mas, em 2006, a Academia Sueca e o resto do mundo ficaram surpresos com a revelação de que ele, Grass, serviu na SS de Hitler - o que quase acabou com sua reputação perante o conservador mundo da literatura.
Depois descobriu-se que ele fez parte também da juventude hitlerista. Embora tenha nascido na Polônia, ele serviu em cidades alemãs e depois estudou arte em Berlim e Düsseldorf.

Mas isso tinha ficado para trás. Até que, no dia 04 de abril deste ano, Grass expôs mais uma de suas fábulas negras. Publicou o poema "o que deve ser dito" num jornal do sul da Alemanha. Ele escreveu:

Por que motivo só agora digo,
já velho e com a minha última tinta,
que Israel, potência nuclear, coloca em perigo
uma paz mundial já de si frágil?

Usando o status de Nobel de Literatura, ele publicou um poema altamente antissemitista e antissionista. E quando um alemão publica palavras contra Israel, nós lembramos de um cara  megalomaníaco de bigode marcante... Ele ainda diz, numa aliviação de tom...

Só assim poderemos ajudar todos,
israelenses e palestinos,
mas também todos os seres humanos
que nessa região ocupada pela demência
vivem em conflito lado a lado,
odiando-se mutuamente,
e decididamente ajudar-nos também.



Esperemos o desenrolar da situação... Apoiado pela comunidade  árabe, ele deve explicar algumas coisas ainda! Lembro-me do Neruda que, com sua poesia altamente política, nunca ofendeu nenhum povo, muito menos um que tanto já sofreu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário