Este tecido é levado até outra fábrica chamada Família para ser cortado e emoldurado para ser uma tela de pintura do estilo Imagem, já não é classificada apenas como Humano, mas como Humano do tipo Gente.
A tela sai da Família com a cor original e é levada a uma empresa de tinturaria chamada Sociedade, esta joga jatos de tinta contra a tela.
A Sociedade joga tintas que podem ser duradouras, podem ser passageiras, algumas atrativas, outras nem tanto, algumas perdem o tom purpúreo com o tempo, umas mais rapidamente, outras mais lentamente, há ainda algumas cores custam a mostrar toda a sua beleza.
A tela pode absorver a tinta e pode deixá-la escorrer pela sua superfície até cair. Ainda há um caso raro, a tela pode absorver uma cor e mostrá-la em outro tom, através de um processo chamado Pensamento... Esta já não é Gente, é Pessoa.
Mesmo antes de terminadas, as obras chamam a atenção de compradores, alguns atraídos pela beleza, outros pelo conceito, alguns por admiração, outros por necessidade... Mas a Sociedade resumiu os motivos da compra numa palavra, Amor. Depois de comprados, os quadros podem ser expostos em pequenas salas chamadas de Hipocrisia, podem ser modificados pelos compradores ou devolvidos à Sociedade com um tom de desgaste.
A tela já pronta pode estar colorida ou vazia, bela ou reprovada... Uma empresa de transportes chamada Morte leva a tela até uma empresa de seleção chamada Tempo que analisa todas as telas, as do tipo Gente são jogadas no lixo ou guardadas para exposições temporárias, mas as do tipo Pessoa são expostas permanentemente num museu chamado História, para nunca mais saírem... Pessoas em busca da Eternidade.
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