A única coisa comum a todos os adolescentes de todos os séculos é a questão das mudanças corporais relacionadas à puberdade... Os pelos pelo corpo, as espinhas, a menstruação, as mudanças na voz, isso sempre ocorreu...
A questão é que o conceito de adolescência como a linha tênue entre a euforia da infância e a maturidade da idade adulta não existia até 300 anos atrás.
No Império Romano, era só nascer um pelo no rosto de um menino que ele era mandado ao Exército – de onde só sairia com 35 anos, no mínimo –, para as meninas, a primeira menstruação era um sinal: era hora de casar!
Esse modelo estendeu-se dos primórdios até a Era das Luzes.
Para os pequenos homens, o século XVIII foi o início da ideia da adolescência como parte importante da formação pessoal. Os meninos iam para as escolas onde eram instruídos em classes que detinham pessoas do mesmo nível, da mesma idade e que aprenderiam as mesmas coisas. Para as meninas, até o fim do século XIX nada tinha mudado, suas vidas continuavam sendo divididas em antes e depois do casamento.
Depois de tudo... A antropóloga Margaret Mead fez um estudo com adolescentes polinésios e concluiu que:
“A adolescência é um fenômeno psicológico e não fisiológico. Não é natural, é uma ficção, não passa de uma construção cultural”

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