E eu, que nunca
vi sentido ou beleza suficiente
em declarações públicas de amor,
fincaria as pernas bambas
bem em frente à tua janela e
trêmulo
erraria alguns acordes
até conseguir tocar tua música predileta
e ir desafinando
pela letra que te descreve e
como os olhos fechados
imaginaria-te abrindo a janela encantada
e a minha garganta rouca,
os meus dedos feridos de tanto ensaiar
e minhas pernas fracas
te prestariam uma homenagem
tentando trazer a uma noite tua
a plenitude que teu existir
me traz todas as manhãs.
Raul Albuquerque
02/07/2013
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