O povo decidiu... Chico Xavier é - até segunda instância - o maior brasileiro de todos os tempos. O país manteve-se bem alheio à competição - talvez por ter ocorrido no SBT, e não na Globo - e o resultado foi esse.
O processo seletivo já profetizava o desastre com Luan Santana à frente de Chico Buarque e Elis Regina, Neymar à frente de Chico Mendes e Oswaldo Cruz, Gugu à frente de Carlos Drummond de Andrade... e Ronaldo Fenômeno mais bem colocado que todos eles. [É, não iria dar certo]
Os finalistas foram até bem escolhidos: 5 políticos (Lula, FHC, JK, Getúlio Vargas e Princesa Isabel), 2 esportistas (Ayrton Senna e Pelé), 2 religiosos (Irmã Dulce e Chico Xavier), 1 revolucionário (Tiradentes), 1 inventor (Santos Dumont) e 1 arquiteto (Oscar Niemeyer).
Confesso que, ao ver os finalistas, pensei que o eleito seria Lula (por sermos um povo sem memória e este ser bem recente) ou Getúlio Vargas (por toda uma imagem criada em volta dele... "pai dos pobres").
Pois bem, falhei! Não pensei que o projeto fosse ser guiado por massas tão tendenciosas.
O primeiro "embate" do Chico Xavier foi contra a Irmã Dulce. Ele venceu por diferença ínfima, mas venceu, e daí foi até a final irrefutável.
A final foi entre Santos Dumont, Princesa Isabel e o próprio Chico Xavier. Torci por Santos Dumont por bons motivos:
1- A obra do Santos Dumont não se restringiu ao Brasil, antes possibilitou maravilhas ao mundo.
2- A princesa Isabel não fez muita coisa. Assinou um documento que já estava pronto (que era incompleto, malfeito...) e ela nem assumiu, estava "tapando o buraco" na ausência do pai.
3- Para que um religioso venha a ser o maior nome de um país, ele deve ter uma obra social e política muito forte e ampla - que chegue a romper os limites da religião (o caso de Dom Helder Câmara). E Chico Xavier não teve vida nem obra de grande importância para o Brasil enquanto país e conjuntura social.
4- Enfim, por eliminação e admiração, Santos Dumont.
Bom... Não há o que fazer.
A Itália escolheu Leonardo da Vinci (artista destacado do Renascimento Cultural, além de inventor). A França, Charles de Gaulle (Militar na Segunda Guerra e posteriormente governante do país). A Inglaterra, Winston Churchill (Grande nome inglês na Segunda Guerra, escritor e historiador). A África do Sul, Nelson Mandela (Extinguidor da legalidade do sistema de "apartheid"). E o Brasil... ah, o Brasil... escolheu Chico Xavier (médium).
Nunca esperei muito de nós, mas fiquei decepcionado!
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