Eu entendi este poema como uma continuação do "Olhar para o nada". Iniciado, entrou pela madrugada e demorou mais que o normal para ser terminado, mas eu gostei. Preparem-se para a caminhada!
Decidido a iniciar minha
caminhada,
Agora, preciso decidir o que
levar comigo.
A mochila não pode ficar muito
pesada,
Porque se estiver pesada, eu já
não sigo.
Olhando para tudo o que guardo,
Percebo que não poderei levar
tudo,
Pois será um insuportável fardo.
E, levando-o, eu não me ajudo.
Preciso escolher entre as velhas
certezas
E minhas dúvidas a serem
respondidas,
Pois dúvidas não representam
incertezas,
Apenas, verdades ainda não
estabelecidas.
Preciso escolher entre as
mentiras disfarçadas
E estas falsas verdades que eu
adotei.
Não sei se preciso delas pra
minha caminhada.
Mas, as verdades, todas eu
levarei.
Mesmo que algumas se percam na
jornada,
Elas serão os alicerces que
precisarei.
Preciso optar entre os
pragmatismos pesados
E as leves expectativas para o
futuro.
Porque, depois de todo caminho
caminhado,
Preciso estar no mínimo seguro.
Além do mais, preciso lembrar bem
do passado,
Pois eu acho que isso me fará
maduro.
Penso em levar minhas esperanças,
Mas já não sei se elas são o que
eu preciso,
Eram quando eu era mais criança,
Mas acho que hoje preciso mais de
bom siso.
Tem sido difícil decidir o que
levar,
Porque o caminho é longo e bem duvidoso.
E, preparar-me para caminhar
Tem sido um processo complicado e
doloroso.
Raul Cézar de Albuquerque
19-20/12/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário