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Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

El Hombre (de Pablo Neruda)



Aqui encontrei o amor. Nasceu na areia,
cresceu sem voz, tocou os pedernais
da dureza e resistiu à morte.
Aqui o homem era vida que juntava
à intacta luz, o mar sobrevivente,
e atacava e cantava e combatia
com a mesma unidade dos metais.
Aqui os cemitérios eram terra
apenas levantadas, cruzes sujas,
sobre cujas madeiras derretidas
avançavam os ventos arenosos.


Fielmente traduzido por Raul Cézar de Albuquerque
Poema "El Hombre" de Pablo Neruda. Poema XII do Canto XI do livro "Canto General". Escrito na cidade de Santiago, Chile, em 1946.

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