
Seguindo a linha do "Envenenar-me", este poema vai apresentar um novo e tenebroso desejo em mim. O desejo de imortalidade é o assunto do poema, gostei da técnica de retomada que vejo como uma marca minha. Mas lendo o poema, percebo... preciso fazer análise:
Eis o principal anseio
da humanidade.
Eis o motivo de toda e
qualquer ação.
Eis o nosso sonho, a
imortalidade
Que não passa de revolta
a nossa condição.
Esta condição de
insignificância,
De penosa e lastimável
fragilidade,
Esta situação de
mendicância
Sempre querendo mais
vitalidade.
Esta vitalidade que nos
vai sendo tirada.
Esta nossa vida que se
vai com o tempo.
Esta eternidade que é
tão almejada,
Mas que, distante, nos
faz viver o momento.
Este momento de medo e
incerteza.
Este breve período de
condição humana.
Este que é breve com
certeza,
Pois a morte sempre nos
engana.
Engana-nos falando de
uma longa vida
Que não existe nem em
pensamento,
Pois, se pensarmos, a
nossa despedida
Pode acontecer a
qualquer momento.
Voltamos ao momento de
incerteza
Que nos perseguirá pela
eternidade.
E, é esta duvidosa
eternidade tem a beleza
Que nos faz sonhar com a
imortalidade.
Raul Cézar de Albuquerque
16/12/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário