
Versos, queridos versos, meus versos,
Já não sei se vos sou beneficiário ou prisioneiro.
Pois nesse relacionamento controverso,
Não sei o que virá, mas gosto do que já veio.
Versos, meus versos, versos queridos,
Às vezes fluem com incrível e inefável facilidade,
Como se precisassem ser urgentemente lidos
Por cada alma que compõe a Humanidade.
Queridos versos, meus versos, versos,
Às vezes preciso expulsá-los de minha mente,
Como se, por motivos diversos,
Todo meu ser os odiasse de repente,
Pois me fazem como réu confesso,
Falando do que me aflige interiormente.
Versos, queridos versos, versos meus,
Não vos posso esquecer nem negar,
Pois escolheram este meu pobre eu
Para perturbar ou só para nele habitar.
Versos, meus versos, queridos versos,
Já não sei se vos sou beneficiário ou prisioneiro.
Mas independente do resto, eis o que vos peço:
Fluam, pois se ninguém os ler, eu os leio.
Raul Cézar de Albuquerque
09/12/2011
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