Eu quero uma arte independente
Da beleza e da feiúra!
Eu quero que, de repente,
A pintura seja pintura,
Que a pintura seja veemente,
Mesmo sem moldura.
Eu não quero que, necessariamente,
Haja inscrição na escultura.
Eu quero que eternamente
Dure a poesia sem releitura,
Que sem revisão de outra mente
A literatura seja literatura.
Eu não quero que um edifício se complemente
Com um pouco de arquitetura,
Eu quero que a arte faça-se presente
Mesmo que não haja estrutura.
Eu não quero arte simples, quero somente
Uma arte simplesmente PURA.
Raul Cézar de Albuquerque
04/09/2011
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