Mas o vendedor de balões se destacou, não com gritos, mas por que lançava balões ao céu para chamar a atenção das crianças. E lá subiam... Um balão vermelho, um azul, um amarelo, outro vermelho, uns verdes, um lilás e... Por fim um branco... E todos subiram... Subiram... Subiram... E sumiram no céu escuro sem nuvens nem estrelas daquela noite.
Daí pra frente, o vendedor ficou rodeado de crianças que queriam comprar balões e as meninas brigavam pelos escassos balões cor-de-rosa... O tempo passou e o povo foi embora aos poucos... Ficaram poucas pessoas no parque, só vendedores e um menino negro encostado numa árvore enorme que o fazia parecer menor do que já era... Até que o menino se levantou e caminhou até o vendedor de balões, chegou nele e ficou calado, o que chamou a atenção do humilde vendedor para a pobre criança... Até que o silêncio foi rompido pela fala do menino:
_ Moço?!
_ Oi?!
_ Se o senhor soltasse um balão preto, ele voaria tão alto quanto os outros?
_ Hum – o homem revelou profunda sabedoria ao dizer – não é a cor, menino, é o que está dentro deles que os faz subir...
Nenhum comentário:
Postar um comentário