Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

sábado, 22 de março de 2014

[dá-me teu tear]


chego hoje a uma conclusão:

preciso de teus olhos

mesmo que eu não os olhe e que eles não me olhem
preciso da gota de futuro que é saber que eles existem

preciso de teus olhos

não faz sentido [eu sei
mas não preciso de sentido [preciso de teus olhos

preciso de teus olhos

só durmo e acordo enquanto houver olhos teus
só respiro enquanto houver teus olhos

preciso de teus olhos

só morro se houver teus olhos
sem eles nem vida nem morte
sem eles apenas trocas gasosas e sanguíneas
               [apenas conversas ocas
               [apenas marasmo
               [apenas o mar sem alma que namora o abismo.

Raul Albuquerque
22/03/2014


Nenhum comentário:

Postar um comentário