Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

domingo, 1 de dezembro de 2013

mea maxima culpa

Há quantos meses não te escrevo, moça...

É o meu tentar falho e feio
de retribuir-te o abandono.

É o meu falhar feio
em tentar te trazer 
para os meus dias,
mas eles são apertados
e tu nem cabes,
mas deverias caber.

Eu amo os dias em que tu cabes,
mesmo que só caiba a tua voz, menina.

E, quando tu não cabes
naquele quadrado infame do calendário,
tudo fica vazio,
mesmo que o quadrado esteja
cheio de suas vinte e quatro gotas
de falta de tempo.
Mas tu não constas
e a lua desce triste.

Se me abandonas, 
eu me morro um pouco,
mas não é culpa tua,
menina,
nunca será culpa tua,
nunca.

A culpa é minha.

Pois sou eu que te escrevo estes versos,
depois de ouvir um poema triste.

E por que a culpa é minha,
eu te peço perdão por escrever-te
de novo.
Mas é que
minha poesia fica mais 
____________
quando tu cabes nela.

Raul Albuquerque
01/12/2013

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