Já se apagaram as luzes,
Quem reina é a escuridão,
A mão que lhe amparava já não existe,
A confiança sai com o clarão,
Suas pernas não confiam em nada,
Nem no próprio chão,
Que já saiu pensando na mais simples
Possibilidade de haver irritação.
Mas as lágrimas já saltam,
E a tristeza é aparente,
Os sonhos fogem e vão pra
Rua dos Indigentes,
E quem sabe não aconteça
De isso parar de repente,
Por alguns minutos a vida
Torna-se indiferente.
Seria bom se o
Mundo parasse?
E se o tempo, de repente,
se cansasse?
E se os deflagradores,
Se apagassem?
E se a minha vida,
por um golpe de sorte, acabasse?
E se acontecesse de o meu coração,
Um dia desses levasse em conta a minha decisão,
E acabasse de vez com essa decepção?
Raul Cézar
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