Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Crítica do livro "O Poder da Arte"

O livro não um simples livro de arte. Ele não fala só de artistas e obras de arte, ele fala da vida dos artistas e da vivacidade das obras de arte. Com um requintes de classe, Simon Schama retrata a vida, a obra, a poesia e as intempéries da vida de Caravaggio, Rembrandt, Bernini, David, Van Gogh, Turner, Picasso e Rothko (não sei se só eu nunca tinha ouvido deste último).
Em tom de conversa franca, Schama nos convida a observar cada minúsculo detalhe da arte destes revolucionários da arte, cada foco, cada ponto de luz e nos leva a cada atelier, repensando e interpretando cada golpe do pincel na tela, cada martelada no mármore ...

Caravaggio: a pintura ganha corpo
Pintura: David com cabeça de Golias

Bernini: o criador de milagres
Escultura: Êxtase de Santa Tereza

Rembrandt: o tosco na sala dos ricos
Pintura: Aula de Anatomia

David: registrando a revolução
Pintura: A Morte de Marat



Turner: A Tempestade como tema
Pintura: Amanhecer depois do naufrágio

Van Gogh: A pintura que vem de dentro
Pintura: Noite Estrelada

Picasso: A Arte moderna que se torna política
Pintura: Guernica

Rothko: A música do além da cidade de glamour
Pintura: Número 23

PS.: Depois discorrerei sobre cada um com detalhes...


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um Natal de Verdade | O Natal Polonês...

No Brasil, o natal é uma afronta aos princípios cristãos, pois nós misturamos São Nicolau (ou Papai Noel) com Jesus Cristo, e por este último acaba por ficar desfocado...
Na Polônia, no dia de natal (25/dez), é o dia dedicado a Cristo, onde eles não comem carne vermelha e na ceia sempre se deixa uma cadeira vazia (uma simbologia para que haja a presença de Jesus) e nessa época não há compra nem troca de presentes, somente louvor a Deus... no dia de São Nicolau (06/jan) é que realiza-se a troca de presentes, em homenagem ao ato do bom velhinho...
Temos muito a aprender com os poloneses, não misturemos dias nem datas nem pessoas... 
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. (Mc 12.17)

O Verdadeiro Natal...

Estamos próximos de uma das datas mais importantes do calendário cristão, a data que escolhemos para lembrarmos-nos do nascimento de um menino que era Deus, um rei diferente que nasceu numa estrebaria, um rei que foi adorado por outros reis ainda criança, um rei que nasceu no Império de Otávio, o Augusto, uma criança que dividiu o tempo em antes e depois dela, um filho de um carpinteiro com uma dona de casa, um pobre menino que nasceu em Belém...
Jesus que ali nascia, revolucionaria os conceitos de amor e santidade, veja o que ele disse num monte:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; (Mt.. 5)
Um rei que não teve súditos ou servos... teve amigos:
Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. (Jo 15:15)
Um rei, um amigo que prometeu sempre estar presente:
[...]e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mt 28:20)
Um rei que constantemente te faz um pedido:
Aceita a história simples da estrebaria,
da doce estrela, do coro angelical,
não faz do teu coração, hospedaria,
onde lugar pra Cristo, não havia,
Dá lugar a Deus neste natal!
(Trecho do Poema "Um Lugar Pra Deus" de Mirthes Matias)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um Poema de Natal...

Este é um poema feito por mim sobre o natal tomara que você goste:

No natal, de repente nos vem alegria,

Justamente quando nos lembramos daquele dia,
O dia em que, do céu, anjos desceram,
E de novas de paz, eles nos encheram,
O dia em que Deus veio para uma estrebaria,
Aquele bebê, Filho de Deus, quem imaginaria?
E os pastores foram procurá-lo,
Enquanto os magos tentavam achá-lo,
E Herodes queria matá-lo,
E o mundo pensava, apenas, em amá-lo.
Então, era Deus num invólucro tão desproporcional,
Seu poder imenso, seu corpo tão normal,
Mas essa foi a glória daquele momento,
Deus num corpo puro, sem sujo intento,
Lindo foi o nascimento, assistido pelos animais,
Que ele tinha criado, a algum tempo atrás,
Não acho adjetivo, para o nascimento daquele pequenino,
Um termo que pode chegar próximo ao real: DIVINO...
De Raul Cézar de Albuquerque

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Uma Conversão Invertida...

Há algum tempo atrás, as pessoas se convertiam a Cristo, ou seja, elas mudavam o estilo de vida e seus hábitos por causa de Cristo, essa é a conversão original aquela que faz o homem ser bem-aventurado, pois... "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. "Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite" (Sl 1.1,2)...
A verdadeira conversão é a que dá ao convertido o prazer de servir ao Senhor e alegrar-se em suas regras...
Hoje em dia, é recorrente em nossa televisão e em nosso rádio "testemunhos" que falam sobre como Deus mudou em favor deles, como Deus lhe deu uma casa, um emprego, uma loja, um filho, um cheque, uma cura... mas já não se fala em como Cristo mudou suas vidas não há mais orgulho na verdadeira salvação! O que vemos hoje são pessoas que se sentem felizes pensando que Deus agiu "em seu favor", mas não fizeram nenhuma ação em favor de Cristo... São como aqueles que seguiam Jesus e que quando Ele perguntou o porquê, eles responderam: É porque não trouxemos pão (Mt. 16.7). Eles esqueceram-se de que "buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt. 6.33).
Eles não querem Cristo, querem o pão que Ele lhes dava; Querem a bênção e não o abençoador; O que vemos hoje é uma Conversão Invertida!

O Dia da Bíblia

O dia da Bíblia é comemorado no segundo domingo de dezembro, o dia deste livro, na verdade de 66 livros de bênção, exortação, regozijo e pura poesia. O livro que conta a historia da Humanidade, do começo ao fim; O livro mais bem escrito da história; O livro mais coerente da história; O livro que inspirou gerações pelos séculos; O livro que fez pessoas caírem em pranto e levantarem-se em riso; O livro que incitou versos e melodias; O livro mais vendido da história; O livro mais traduzido da história; O melhor livro da história...


O preconceito contra a Bíblia vem desde o tempo de Cristo: Eram recorrentes os rumores de que quando Jesus morresse as pessoas esquecer-se-iam de seus ensinamentos e que a Bíblia seria esquecida...

Mas estamos aqui, com nossas Bíblias lembrando os feitos do carpinteiro nascido em Belém que desafiou fariseus, encantou doutores da Lei, morreu por nós e cativa corações até hoje.

Uma historinha: Um filósofo francês ateu (coitado!) chamado Voltaire (esse era seu pseudônimo, seu verdadeiro nome era François-Marie Arouet) um dia disse assim: “Cem anos depois da minha morte, a Bíblia será esquecida, só será achada em museus, e só a lerá quem gostar de antiguidade”...

Pois é, fazem 232 anos que Voltaire morreu e a Bíblia não foi esquecida (pelo contrário, é a mais lembrada pelo mundo), os museus só possuem as primeiras Bíblias, porque as últimas estão nas nossas casas, e muita gente que não gosta de antiguidade lê este livro atemporal... O Gran Final a casa de Voltaire foi comprada pela Société de la Bible de la France (Sociedade Bíblica da França) para ser um depósito de Bíblias...

Alguma dúvida da importância deste livro?

Crítica do livro "A Cabana"

O polêmico livro que instigou a imaginação de milhares de pessoas acerca da materialização de Deus. A única contra-indicação do livro é com relação a pessoas que não sabem se realmente crêem em Deus ou que se consideram crianças na fé ou não sabem fazer o que o Apostolo Paulo indica em seus escritos: “Ouvi de tudo e retém o que é bom”.

Livro perfeito só existe um: A Bíblia. Mas o livro “A Cabana” tem uma visão interessante e digna de comentários com relação a temas fundamentalmente cristãos como fé (referido no capítulo sobre andar sobre as águas), sabedoria e Presença de Deus...

O livro é complexo e estranho por tentar materializar a item mais imaterializável da vida cristã: a fé...
Mas é bom lembrar: Em caso de dúvidas, a Bíblia sempre terá a resposta certa... Em caso de persistência, pare de ler o livro... Isso se refere a qualquer livro.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tempo...

Minha vida não depende do passado,
Mas minhas lágrimas vêm de lá,
Minha vida não depende do futuro,
Mas lágrimas ainda irão rolar.

Só tenho o presente pra viver,
Mas o passado me atormenta,
O meu futuro me intriga,
E o meu coração se reinventa.

Até que o passado passe
E o futuro seja presente,
Embrulharei meu coração
Pra que ele pareça contente.

O passado não me fez feliz,
Nem me fez mais seguro,
O tempo passou e esperei,
Mas só vi chegar o futuro.

O futuro não me promete nada,
Pelo menos nada de interessante,
Só ouço o tic-tac do relógio
Dizendo que ele vem adiante.

Mesmo com esse desdém
Tanto pelo passado como pelo futuro,
Eu vivo sem esquecer que o tempo
É o que faz de mim, alguém mais maduro.

Raul Cézar de Albuquerque
08/10/10 

Tempo, Tempo, Tempo...

Muitos já pensaram em máquinas do tempo, muitos já falaram sobre viagens no tempo, muitos já levantaram a hipótese de que o tempo é uma junção de fatos, muitos já disseram que o tempo não passa e que nós é que achamos que isso ocorre, muitos já pediram que o tempo passasse devagar, muitos já pediram que o tempo se apressasse, mas...
E se o tempo parasse? E se a vida parasse?
Se o tempo estacionasse e o mundo não mais girasse os apaixonados tomariam as cidades, os empresários sairiam mais cedo e veriam o deitar do Sol, os professores ririam da inconstância da vida, já os cientistas pensariam numa resposta pra aquele dia, os fotógrafos enlouqueceriam com o pôr-do-sol constante e o arbol tomando o horizonte, os estudantes sentariam na areia da praia e esqueceriam-se da atividade de casa, os pais nem lembrariam das notas baixas dos filhos, os ventos entrariam em casa sem pedir licença e a paz entraria em cada vida pra completar esse momento...
Talvez, crescer e deixar o tempo passar seja corromper-se, cada minuto é um teste aos seus princípios. Na verdade, o tempo é algo tão implícito, conjugado e natural que aceitar-lo é uma cláusula do contrato da vida, quem não aceita o tempo, não vive. Quem não aceita o passar do tempo, quem quer parar no tempo, quem recusa viver o presente e se prende ao passado não vê a vida...
Momentos especiais perderiam o encanto se fossem eternos, pois o que faz a especialidade é a raridade, se amores perfeitos fossem fartos não seriam tão perfeitos assim...

O tempo passa por que ele tem que passar, por que a vida tem continuar, por que nós somos mortais, meros mortais, mortais sob o jugo do tempo, por que é bom que nada que diz respeito a nós dure pra sempre...

O Gênio Augusto Cury

O escritor que popularizou o gênero “Auto-Ajuda” e nega que tenha produzido algo deste estilo, na introdução do genial livro “O Código da Inteligência” ele diz que não ajuda ninguém e define próprio estilo como “Ciência Compartilhada”, já que só expõe nos livros o que aprendeu. Dono de um conhecimento raro, Detentor de uma narrativa reflexiva inigualável e Escritor de pensamentos e estórias únicos, Augusto Cury marcou a recente produção literária brasileira. Alguns livros de Cury: “O Código da Inteligência”, “Você é Insubstituível”, “Seja líder de si mesmo”, “12 Semanas para Mudar uma Vida”, “Dez Leis para Ser Feliz”, “O Mestre dos Mestres”, “O Vendedor de Sonhos”, “O Futuro da Humanidade”.


Eu indico todos!

Critica do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu"

O livro, como diz o prefácio, tenta promover a reconciliação entre Jesus Cristo e Sigmund Freud, ou melhor, entre a psicologia e a cristandade. Cada capítulo deste livro contém uma citação de Cristo (um versículo), um caso médico de psicologia e um estudo conjunto da frase cristã e de um fundamento da psicologia ligado ao caso médico. O livro é configurado como “Auto-Ajuda”, mas mesmo que alguém seja ajudado pelo livro reconhecendo-se em algum caso citado, a função do livro é provar que Cristo é “psicologicamente correto”

Eu indico!



Critica do livro "O Príncipe"

O livro é odiado por boa parte das pessoas que já ouviram falar dele, mas poucos se dignaram a lê-lo, estudá-lo, entendê-lo, contextualizá-lo e perceber que ele é o retrato fiel da política que vivemos. Aí vão algumas frases louváveis do gênio Maquiavel:

“Assim existem dois modos de combater: um, com as leis; outro, com a força. O primeiro modo é próprio dos homens; o segundo, dos animais. Porém, como o primeiro muitas vezes mostra-se insuficiente, impõe-se um recurso ao segundo.

“Não pode nem deve um soberano prudente cumprir as suas promessas quando tal cumprimento ameaça voltar-se contra ele e quando se diluem as próprias razões que o levaram a prometer”.

“O Príncipe” parece ser o livro de honra do PT, pois designa todos os atos do partido e de seu iniciador, o Lula. Uma prova irrefutável da atemporalidade de Maquiavel:

“O quão louvável é que um príncipe honre a sua palavra e viva de forma íntegra, cada qual o compreenderá. Todavia, a experiência nos faz ver que nestes nossos tempos, os príncipes que mais se destacaram pouco se preocuparam em honrar suas promessas; que, além disso, eles souberam, com astúcia, ludibriar a opinião pública”

Eu indico!

Critica do livro "A menina que roubava livros"

Depois de “O caçador de pipas” e de “A cabana”, temos mais um livro na onda de heróis nem tão heróicos, pois a protagonista, que se chama Liesel Meminger, realmente é uma ladra de obras literárias, a estória tenta passar uma mistura de ingenuidade, felicidade, liberdade e um pouco de maldade com relação ao ato ilícito. “A menina que roubava livros” é um longo (e às vezes, cansativo) romance do jovem australiano Markus Zuzak. A história começa triste, chata, reflexiva, mas com um atrativo: A narradora não é nem personagem nem observadora, é nada mais, nada menos que A MORTE.
O cenário é o triste e desolador da Europa da Segunda Guerra Mundial e o autor não é original ao mostrar a visão de uma criança da guerra, trazendo alguns apelativos clássicos, típicos de romances de guerra, como um judeu escondido, um irmão alistado, um padrasto bondoso, uma madrasta má, uma paixão infantil, idosos carentes e alarmes de guerra.
No início, o livro possui capítulos longos, com muitas observações e pouca estória. O livro possui alguns “rombos temporais” que deixam o leitor perdido em mudanças bruscas de cenários e personagens. Como está na moda, do cerne da estória para o epílogo há um salto temporal impressionante, mas o autor o fez de modo que não comprometeu a compreensão do encerramento da história...
Eu dou nota 7,0 ao livro...

Critica do livro "Os Miseráveis"


"Os Miseráveis" marcou sua época, escrito na França em plena Era das Luzes, ele foi o retrato da sociedade da Revolução Francesa, mas nenhuma mudança na história da Humanidade fez com que esse livro se tornasse desatualizado.
O livro é o modelo de uma obra atemporal, o herói foi o primeiro com defeitos visíveis e expostos. Jean Valjean, o protagonista, foi um homem que cometeu inúmeros atos ilícitos e tentou se redimir cometendo falsidade ideológica, ele criou vários personagens para si mesmo, foi amado e odiado, maltratou pessoas e salvou crianças. O final é melancólico, real, subjetivo e genial.
A obra inigualável do gênio francês Victor-Marie Hugo é a prova de seu instinto político aguçado e de sua consciência social.